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Suspenderam-se então, mas nos olhos de cada um chammejava feroz a raiva, o odio, uma tempestade, finalmente, horrorosa e tetrica. Que faz, senhora moça! gritou o negro. Estás doido, cabinda!

Despertou do seu curto êxtase, e olhou para Julia, que sorria para elle, muito mais bella do que d'antes, com os seus cabellos loiros brilhando como fios d'oiro e com os seus olhos azues que pareciam dois ceus pequeninos toldados de nevoas. Oh! a menina chora?... pôde elle articular.

Deixe-se estar, deixe-se estar, senhor parocho! dizia ella. E punha-lhe a mão no hombro, e os seus olhos encontravam-se.

Mas Renée Viardot tudo suportava com paciencia, lançava-lhe olhares enternecidos, queria afagal-o até, beijal-o num impeto em que brilhavam os seus olhos claros; mas André fugia logo, apesar dos quatorze annos, como uma creança indocil. No verão davam as lições na quinta, em baixo, junto aos tritões, numa rotunda assombreada.

Prostrei-me a rogar então; E essa estrella de bonança, Essa casta divindade, Risonha irmã do infortunio, Companheira da saudade, Que o mundo chama Esperança Senti-a no coração! Com aquelle sol explendido Que rompêra a nevoa densa, E com a alegria immensa Do mar, da terra, e dos ceos, Quiz de novo a Providencia Que eu visse nos olhos teus O mundo, a luz, a existencia!

Pode dizer-se, em geral, que o typo do japonez, da sua femea, e mais accentuadamente ainda nos obesos, ou nos magros, ou nos anões, ou nos albinos, ou nos côxos, ou nos corcundas, ou nos leprosos, ou nos que têem um lobinho, ou nos que têem o nariz roido, em todos aquelles em fim em que um defeito, uma tara, sobresae, é caricatural supinamente, comico a ponto de nos fazer morrer de rir ás gargalhadas!... Ah, maganões! vocês, quando nos deram as imagens dos seus deuses, dos seus genios do lar: uns pansudos, como odres; outros esqueleticos, macrabos; uns pachorrentamente joviaes, outros terriveis, despedindo raios sobre a terra; vocês retrataram-se a si mesmos, segurando com uma das mãos o pincel e com a outra o espelhinho onde se viam, maganões!... Especialisando, da multidão das ruas, essa figurinha em miniatura que tão irresistivelmente captiva as attenções do estrangeiro, toda ella matizes, perfumes, frescura, gentileza, a figurinha da musumé, da rapariga, podemos ainda definil-a como uma caricatura, a caricatura mais travessa, a chimera humana mais deliciosa, em que jámais olhos de viajante se poisaram!...

Quem póde recusar um offerecimento tão amavel? Mas que me encontras tu de novo para me olhares com esses olhos?

Continuando a pungir o mancebo com mofas, proseguiu: Sabes, Tello, que pelos olhos verdes de Silvaninha dera eu o melhor cavallo e o melhor arnez, e que um beijo d'aquella bocca pagaria o resgate de um barão? Cuida o villão que eu havia de enterrar na sua posilga a roza dos nossos sitios? Senhor! bradou o besteiro, tremulo de colera e de ciume.

Ainda assim, o vestido de veludo côr de ginja dava nos olhos. Os padres de Penafiel, quando avistaram a liteira, cuidaram um momento que vinha alli alguma preeminencia ecclesiastica, como cardeal, ou coisa assim.

De que me vale a mim ser puro e justo, E entre combates sempre renovados, Disputar dia a dia á mão dos fados Uma parcella do saber augusto. Se a minh'alma ha de vêr sobre si fitos Sempre esses olhos tragicos, malditos! Se até dormindo, com angustia immensa Bem os sinto verter sobre o meu leito, Uma a uma, verter sobre o meu peito As lagrimas geladas da descrença!

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