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Quando o carro passou pelo Chiado, Mais de vinte lunetas se assestaram A um tempo sobre nós; e é bem provavel Que mais de vinte bocas honradoras Me ficassem na sombra remordendo; Tanto melhor; é bom ser invejado. Oh! que tarde de Abril!

Eu para levar a palma, Com que ser vosso mereça, Quero que o corpo padeça Por vós, que delle sois alma. Vós do corpo vos queixais, Eu queixar-me de vós posso, Porque, tendo hum corpo vosso, Na minha alma vos sangrais. E sem fazer differença No que de mi possuis, Pelo pouco que sentis, Dais á minh'alma doença. Porque dous aventurais? Oh não seja o damno nosso!

Oh! n'outros tempos!... Emfim tudo tem de acabar. Adeus! E, sem mais palavras, sobraçou a caixa de lata, em que archivava as hervas medicinaes e outras substancias, que andava colhendo, e partiu, depois de dizer adeus a Augusto, a Magdalena e a Christina. Logo que o herbanario desappareceu, Henrique soltou uma risada, em que parecia haver o que quer que era de forçado.

Oh! de quê e como é feito o homem, para quê e porque vive elle? Que vim eu, que vimos nós todos fazer a este mundo?

E eu, Rosa acrescentou D. Julia quero ser a tua preceptora. Quando o tempo estiver bom, dar-te-hei as lições na serra, á sombra d'um sobreiro, ou d'um pinheiro, ou á borda d'um regato; e quando estiver mau, dar-tas-hei em minha casa, porque ouso esperar, que a snr.ª D. Thereza me não negará este favor, e prazer. Oh não, minha senhora, esteja certa d'isso.

Creio, creio, oh Nazareno! porque até á hora de expirar na ignominia, até á hora da grande prova, nunca desmentiste a tua doutrina.

Para soffrer nasci; abraço a minha cruz; busco o tormento... Não devo extranhar os espinhos da desdita. Quem foge á sua sorte? Oh! Deus... concedei-me um raio de esperança e talvez volte a ser feliz. A minha voz não canta, hoje suspira e geme.

Não me digas que és desgraçado! Oh! desgraçado! e não digo bem o que sou. A lingua não tem voz que o diga. Ingrata! Não te bastava ser senhora da minha alma, do meu coração, da minha vida; vens ainda tirar-me o que eu mais amava no mundo... a estima de ti... que me era mais que tu mesma! «Piedade! piedadecontinuava ella exclamando. Assassinaste-me a mocidade.

Oh quem me mandou casar, Para ver tal crueldade! Ninguem venda a liberdade, Pois não póde resgatar Onde não tẽe a vontade. Que não ha mor desvario, Que o forçado casamento Por alcançar alto assento; Que, emfim, todo o senhorio Está no contentamento. Não sei se o ver agora, Se será tempo conforme, Ou se imos a deshora. Despois iremos, Senhora, Que agora dizem que dorme.

E pois por vós me perdi, E neste estado Amor pôs Os olhos com que vos vi, Pois os deixaste sem mi, Oh não os deixeis sem vós! Porque a Fortuna me disse Que nas serras, onde andais, Em estes extremos tais, Não era bem que vos visse Para não ver de vós mais. E pois Amor se quiz ver Da livre vida vingado, Em que eu sohia viver; Faça em mi o que quizer, Que aqui vou ao jugo atado.