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«A historia da instituição e multiplicação dos concelhos é a historia da influencia da democracia na sociedade, da acção do povo na significação vulgar d'esta palavra, como elemento politico» . Porque esse elemento politico era na vida social das nações o elemento vital, Alexandre Herculano teria de applaudir, e eloquentemente o fez, a obra revolucionaria de Mousinho da Silveira.

A ausencia das primeiras qualidades prejudica a sua Historia considerada como obra de sciencia, e impede que ella se possa considerar como obra de vulgarisação. A presença dos outros dotes dá-lhe um valor raro como obra de arte.

Esta incompatibilidade facilmente se deslinda, e não viria a lume na obra erudita do snr. visconde de Juromenha, se ao versado escriptor occorresse que em Gôa havia um provedor-mór de defuntos e que esse devia ser o provedor a quem alludia o conde de Redondo.

Outrotanto se praticava na Irlanda e na Escossia. Taes são os principaes monumentos de pedra dos tempos prehistoricos. Accrescentemos que o vulgo lhes attribue origens fabulosas, como obra de um ente colossal chamado Gargantua; que a tradicção os tem indicado como encerrando preciosos thesouros; abrigos de fadas, de almas do outro mundo, e dos espiritos que as acompanham!

Importa pouco ao artista e ao homem de letras ouvir a sua consciencia sobre o que ella lhe diz da belleza na obra d'arte; o essencial é saber o que pasma e arrebata aquelles que hão de pagar-lhe em incenso e ouro. A vida consome-se febril e ardentemente, quasi heroicamente, n'um esforço ingente chamar gente á sua barraca.

Podem lastimar quantos veneram a admiravel obra do Catholicismo, que, com taes recusas de admittir concepções modernas, a Egreja voluntariamente se colloque á margem das idéas contemporaneas e se condemne a quedar extranha e hostil a todo progresso e a toda conquista de niveis mais altos de civilisação.

Devia ser vagarosa a extracção da obra, attentas as calamidades d'aquelles annos pestes, ameaças de guerra, pobreza do estado, corrupção de costumes, desavenças no paço, a preponderancia dos livros mysticos e o descahimento das letras profanas. A segunda edição do poema, no mesmo anno de 1572, em vista dos argumentos plausiveis do academico Trigoso , não é aceitavel nem sequer verosimil.

D. Manuel, que subiu ao throno, cuspindo nas nodoas de sangue de seus irmãos assassinados, enlevado dos descobrimentos e conquistas feitas pelos corações generosos, pelos homens ousados que os ultimos dias de liberdade legaram aos primeiros de tyrannia, acabou a obra do seu antecessor.

A obra, que emprehendeu, o rejuvenescimento da unidade monarchica sustentado pelo apoio das classes medias devia encontrar, e de feito encontrou, a opposição dos privilegios, dos abusos, das hypocrisias, e do fanatismo.

Nos centros, nos comícios, nas batuques partidários, onde se planeiam ataques e ódios contra os monárquicos, foram esses os problemas que unicamente preocuparam toda a atenção dos grandes estadistas e dos grandes legisladores de 1910. Não se fez uma obra positiva; e até o que podia ser bom por acaso, até isso nunca o fizeram senão por mal...