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UMBRANO. Em quanto do seguro azambujeiro Nos pastores de Luso houver cajados, Como valor antiguo, que primeiro Os fez no mundo tão assinalados, Não temas tu, Frondelio companheiro, Qu'em algum tempo sejão sobjugados, Nem que a cerviz indomita obedeça A outro jugo qualquer que se lhe offreça.

A inspiração do poeta é nobre e ousada, porque é dirigida pelo carinho tutelar da belleza e da humanidade. Elle faz da sonoridade das palavras a escolha mais rythmica, mas quando essa phonetica obedeça doutamente á minucia exigente do seu espirito raro d'estylista alexandrino, ornado, expandido nas bellas lettras. A sua Arte é toda harmoniosa d'ironia; d'essa ironia, d'essa deidade antiga forçando a intelligencia a perdoar aos homens a sua presença ruidosa e feroz, para a posse da mais gentil das coragens: sorrir! Então António Botto não faz da eterna ignorancia uma tortura, mas uma suave piedade. Dentro do mysterio Universal: do seio que sente e concebe, da semente que germina e emsombra, nada será espantoso, nada será extranho. As combinações abstractas o poeta cede as combinações sensiveis; a emoção pura, a sensibilidade consciente, a toada muzical e branda. A sua tranquilla acceitação dos dilêmas ímmutaveis pairando na vida, a sua comprehensão logica, a sua natural intuíção, animam-nos d'um prazer juvenil ao fallar do Artista e das suas Canções. Cantam ellas a tréva do saber mesquinho dos homens, a illusão d'onde nascem as angustias para a posse das venturas, a amizade nos peitos como desenhos pueris na superficie das aguas. Cantam dôces crepusculos, onde o Ideal, na solidão e na morte, é sempre perfeito porque fóge como os Sóes. São canções onde a angustia é uma elegia de condescendencias. O homem nascendo para acreditar e para servir, o seu fanatismo vibra não das verdades mais demonstradas, mas, das illusões mais bellas. Essa illusão é a Arte, essa Arte uma dôce ironia de confôrto bello. E o homem vae sempre imaginando e soffrendo. Entre Platão e Phidias, Lucrecio e Virgilio, os Medicis e Miguel-Angelo, Luiz XIV e Racine, Goethe e Beethoven, existe a mesma comunhão de luminosidade divina, onde Jesus e São Francisco d'Assis, passam amenamente, para fazer reinar no coração dos homens uma esperança sem fim e um encantamento sem verdade. Cantar a bondade ou a belleza humana, é reconsiliar a humanidade com a sua impudicia e o seu egoismo. Impudicia e egoismo, perduraveis razões de todo o sêr humano!

Mas em que circumstancias deve ser exercido semelhante direito? Quando os Poderes do Estado exorbitando de suas attribuições procurão ludibriar e escarnecer as instituições fundamentaes, excedendo o mandado que receberão em prejuizo da nação; quando procurão esmagar o povo e fazer delle hum automato que obedeça cégamente a seus caprichos.

Pois digo: pegue qualquer na bella chronica d'elrei D. Fernando, obedeça á lei concorrendo com o seu cruzado-novo para o augmento e glória da benemerita companhia que tem o exclusivo d'esses caranguejos de vapor que andam e desandam no rio, entre n'um dos referidos caranguejos, em que, além da porcaria e mau-cheiro, não ha perigo nenhum senão o de rebentar toda aquella camara-optica que anda por arames, e que em qualquer paiz civilizado onde a policia fizesse alguma coisa mais do que imaginar conspirações, ha muito estaria condemnada a ir alli caranguejar para as Lamas á sua vontade.

Com vossos poderes regios estes traidores astutos torcem vossos estatutos, quebram nossos privilegios. Não faltam homens egregios para governar melhor. Informai-vos, vós, senhor, que não falta quem mereça, quem fiel vos obedeça, quem sirva com mais amor.

Tudo que isto não seja, o missionario isolado, e sem regra de consciencia a que obedeça, e ligado por qualquer interesse mundano, será sempre como o soldado, que se pretendesse tornar elemento de força militar, mas sem chefe e sem disciplina, livre em seus actos, e livre para deixar o serviço quando lhe aprouvesse.

Ditava o morgado, sobrancelhas contrahidas, carrancudo, como absoluto senhor: Maria não tornará a saír do quarto sem minha ordem! Ah! Então fica encarcerada? Cale-se e obedeça! Não, que me sóbe uma coisa á garganta, e rebento se não lhe digo as verdades!

A rapariga o que precisa é quem a dirija. Aqui para nós, precisa quem a confesse! Ella confessa-se ao padre Silverio; mas, sem querer dizer mal, o padre Silverio, coitado, pouco vale. Muito caridoso, muita virtude; mas o que se chama geito não tem. Para elle a confissão é a desobriga. Pergunta doutrina, depois faz o exame pelos mandamentos da lei de Deus... Veja a senhora!... Está claro que a rapariga não furta, nem mata, nem deseja a mulher do seu proximo! A confissão assim não lhe aproveita: o que ella precisa é um confessor têso, que lhe diga para alli! e sem réplica. A rapariga é um espirito fraco; como a maior parte das mulheres não se sabe dirigir por si; necessita por isso um confessor que a governe com uma vara de ferro, a quem ella obedeça, a quem conte tudo, de quem tenha medo...

Porque as mulheres, quando encarreiram as suas affeições para um lado, não ha diabo que as faça voltar para outro, amigo e sr. Custodio... O que quer dizer com isso, amigo Belchior? Quero dizer que se a Beatrizita tem por ahi namoro que lhe faça andar a cabeça á roda, ao meu amigo não lhe será tão facil como julga o fazer que ella obedeça á sua vontade... Namoro!

Espere, creia, e obedeça aos impulsos do coração, em quanto a peçonha da mentira o não contaminar. No mundo deve existir a imagem da mulher digna de senhorear-lhe a alma com a de sua mãi, cuja face eu beijaria, hoje, se podesse, com respeito e ternura de filha.

Palavra Do Dia

stuart

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