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Pela voz do Trovão Corisco intenso Clama, que á Natureza impéra hum Ente, Que cinge do áureo Dia o véo ridente, Que véste d'atra Noite o manto denso. Pasmar na Immensidade he crer o Immenso: Tudo em nós o requer, o adora, o sente. Próvão-te olhos, ouvidos, peito, e mente? Numen! Eu oiço, eu olho, eu sinto, eu penso.

O Numen, Dirceo, o Numen Que aos trabalhos de hum humano Desta sorte felicita, Não he, como se accredita, Não he hum Numen tyranno. Olha se a cega Fortuna De tudo quanto se cria, Ou nos mares, ou na terra, Em o seu thesouro encerra Outro bem de mais valia? Lizas faces côr de rosa, Brancos dentes, olhos bellos, Grossos beiços encarnados, Pescoço, e peitos nevados, Negros e finos cabellos;

Tem rôto o seio, Thesouro occulto, Bárbaro insulto Se lhe atreveo. De dôr, e espanto No carro de oiro O Numen loiro Desfaleceo. Aves sinistras Aqui piáraõ, Lobos uiváraõ, O chaõ tremeo. Toldaõ-se os ares, Murchaõ-se as flores: Morrei, Amores, Que Ignez morreo. N. B. Os números das Oitavas saõ relativos ao 3.^o Canto, de que saõ extrahidas, &c.

Não, não darei mais cultos á belleza, Que depois de faltar á , Lidora, Nem creio que nas Deosas ha firmeza. O Numen Tutelar da Monarquia, Que fez do grande Henrique a invicta espada, Procurou dos Destinos a morada, Por consultar a idade que viria. A mil, e mil heróes descriptos via, Que exaltão de Furtado a estirpe honrada, E na serie, que adora dilatada, O nome de Francisco descobria.

Ella espinhos crueis em flores torna, Sustenta o fio, e sabor á vida; Retem suicidas mãos, angustias doura, Deve ser nosso Numen. Se dize com Ovidio: "Eu perdi forças, Perdi côr, e mal cobre a pelle o osso," Tambem com elle eu digo: "Immensos males A velhice me avanção."

Numen terno, Que os influxos nos lúgubres cantares Da Heliconia montanha aos Vates mandas, Para oje acompanhar meu canto triste A minha lira d'évano tempéra, E nas cordas me ensaia os dedos broncos, Q'a impreterivel ordem dos susésos; Ja me fas o sinal de pôr aos olhos A lastimoza sena em que a Desgrasa Deixou que á vergonhoza cobardia Cedese o alto valor d'um peito nobre.

Caro a Fébo, a Filinto, a Lysia, á Fama, Na Lácia Fonte, e Argiva immerso Alfeno , Pelas Deosas Irmãas fadado Ismeno , Em que he Numen Razão, Verdade he flamma: Canóro Melibêo , por quem derrama Invéja, e Glória o néctar, e o veneno; Filósofo Cantor, meu doce Oleno , Doce ao Sócio infeliz, que em ais te chama!

Tal é o meu destino miserando! Numen de sancto amor, mulher querida, Anjo do céu, encanto da existencia, Ora por mim a Deus, que ha-de escutar-te. Por ti me salve a mão da Providencia. Vem: aperta-me a dextra... Oh, foge, foge! Um beijo ardente aos labios teus voára: E neste beijo venenoso a morte Talvez este infeliz te entregára!

Nestóreos Dias, que sonhava Elmano, Brilhantes de almos gostos, de aurea Sorte, Pomposa Fantasia, audaz Transporte, As azas cerceai do Orgulho insano. Plano de hum Numen contradiz meu plano, E quer que se esvaeça, e quer que abórte: Eis, eis palpita, precursor da Mórte, No túmido aneurisma o Desengano.

As iras detesta Amor isto vendo, E as azas na testa Me bate dizendo: Tu choras, tu gemes Da Serpe tocado, E o braço não temes De hum Numen irado? Tu, formosa Marilia, fizeste Com teus olhos ditosas as campinas, Do turvo Ribeirão em que nasceste: Deixa, Marilia, agora As lavradas terras; Anda affoita romper os grossos mares, Anda encher de alegria estranhas terras.

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