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E a virgem d'alvas vestes transpoz o limiar do seu asylo, encostou a fronte incendida ao braço tremulo do senhor de sua alma, e foi! Anjo d'Amarante, porque assim te despenhas da tua angelica miryade? Flôr do Tamega, que nortada rija te desarreigou da balsa? E a lua passava no céo, velada e triste, como a Niobe antiga.

se juntaram trez velhos Sêcos, rijos, vermelhaços, Expondo ao sol os joelhos, Estendendo ao sol os braços. Emquanto o sol os aquece, Riem-se elles da nortada. Cada um seu mal esquece, Vai tudo de patuscada. Tem morrido muita gente Com esta grande invernia!... Pois nunca o inverno foi quente! Salvo... este sol do meio dia. Este sol é a minha adéga: Eu não quero outro calor.

Mas n'este tempo não ha que fiar no Tejo, d'um instante para o outro levanta-se uma nortada... e então aqui o pontal de Cacilhas! Que elle é tam bom mareante... Ora, um cavalleiro de Malta! Mas em Lisboa ainda ha peste, ainda não estão limpos os ares... E ess'outros ares que por ahi correm d'estas alterações públicas, d'estas malquerenças entre castelhanos e portuguezes!

E passando pela Joaquina disse-lhe exaltada: Diga ao papá que hoje não esperei, doía-me a cabeça. Se queria um chá de cidreira. Tome-o Você respondeu com asperesa, como uma nortada rija. Vai com a telha! Entrou no seu quarto, fechou a porta bruscamente. A Joaquina ainda philosophava: bem o dizia ella, estava com a telha e continuou a correr o ferro de brunir sobre uma camisa de homem.

As franças dos pinheiros ramalhavam com impetuosas sacudidellas d'uma nortada supita. E eu, immovel e sereno como o archanjo das tempestades, contemplava este espectaculo grandioso, nos visos do Pastelleiro. De vez em quando observava a massa escura da casa de Felismina. Pareciam-me fechadas as janellas.

E quando o vento acalma é para saltar ao ponente ou ao sul. A rajada não silva da montanha: uma bafagem tepida vem da banda do mar; mas o ceu está toldado e o ar humido: o dia passa melancholico e pesado sobre a bonina que a nortada açoutou: ella não pôde saudar o sol no oriente: está pendida e murcha como a ventania a deixára.

E desde o alto da serra Abre a neve o seu lençol. O que seria da terra Sem ter um raio de sol?! Entre a egreja e o presbyterio Corre, caiado de novo, O muro do cemiterio. Vem ali juntar-se o povo. O sol, batendo no muro, Aquece a pedra ao meio dia, Torna o inverno menos duro, Tempera a nortada fria.

Vai pró eirado, De aspéto triste, de olhar pasmado, Cismar na vida, descorçoado, Queixo na mão... Estála a guerra; levam-lhe o filho. Crescem os ratos, trincam-lhe o milho... Oh! forte praga de ratazânas! Branquêja a neve, ruge a nortada... vái a telha desmantelada Das alpendrádas mais das choupânas! Ela era a vida da sua vida; Ela era o lume do seu olhar, Lume bemdito que n'alma brilha.

Trasmontada a linha, e festejado o passo com descantes da maruja, o céo entrou de nublar-se, a nortada a ringir nas gaveas os silvos agoureiros, e o piloto esperto a encarar mui fito em um nevoeiro que se acastellava, sobre noite, á volta do sol esmaecido. Era em fevereiro de 1889.

Na paz domestica do seu lar, a morte foi como um salteador que surprehende um viajante a dormir na pousada, e o estrangula entre dois braços de ferro n'um momento. Os outros que ficaram ainda, são como as arvores no outomno, que dia a dia vão sendo sacudidas e abaladas pela nortada agreste, que annuncia o inverno.

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