United States or Taiwan ? Vote for the TOP Country of the Week !


E tres de nós atiraram-se logo para cima dos leitos de pelles, emquanto outro, com as carabinas carregadas, velava, no seu turno de sentinella, para prevenir as traições. Mas essa primeira noite na terra dos Kakuanas foi muito calma e segura. Não me dilatarei nos incidentes da nossa jornada até que nem foram consideraveis nem pittorescos.

E dentre brumas frias, apressando precocemente a noite de Novembro, veio beija-lo cândida e singela, na palidez etérea que é o seu manto, a Dor, a companheira do poeta. E disse: «Nunca ninguém te amou como eu te amei! Nunca ninguém te deu ao coração inquieto mais alto arrojo e mais sagrado êxtase.

Longe pelos caminhos, atravez de pinheiraes sumidos e callados, vão velhinhas tristes, de saia pelos hombros, para consoar n'esta noite com os filhos. Andam tropegas legoas e legoas. As suas mãos callosas, as caras enrugadas, onde as lagrimas abriram sulcos, os olhos tristes, contam o que ellas tem passado na vida, dias sem pão, suor d'afflicções, desamparos, máus tratos...

Uma noite, na +brasserie+ do Largo de Santa Justa, esperavamos ambos, com duas conservadoras chavenas de café, ver surgir a silhueta eminentemente caracteristica do Fernando Pessôa, em que se justapõem e quase se intersécionam bem inequivocas reminiscencias da velha Mademoiselle, da +Germinie Lacerteux e do Adrien Sixte, de Bourget.

Á noite, visitou-me outro medico, interessado na minha cura duvidosa, como amigo. Era Camara Sinval, lente da Escóla Medico-Cirurgica, um que prégava, não por hypocrisia, mas por paixão desvairada da Arte dos Vieira e Bourdaloue, sermões ultramontanos empavezados de sapiencias academicas com grandes empolas de latim pagão. Nunca me receitava.

De noite apenas trina O triste rouxinol: Toda a mais ave inclina O collo ao pôr do sol. Porquê? porque é ditosa! Porquê? porque é feliz! E a que sorri a rosa? Ao mesmo a que sorris! Á luz doirada e pura Do astro creador. Á noite, não, que é escura, Causa-lhe a ella horror. Ora uma nuvem negra, Uma pesada cruz, Uma alma que se alegra quando a luz

De Inglaterra... e são carvões De fumo enchendo os pórtos; Do Oriente... e são os sonhos; E da Italia... Christos mortos; Da Hespanha... e são traições, Á noite, por traz dos brejos, Mão na faca e mão nas costas E ... e são bocejos.

Em outra scena da peça depois de uma entrevista secreta com o pagem, á hora da meia noite, a duqueza profere uma palavra physiologica, de um sentido decisivo: Como evitar que o duque venha, e veja Aqui tua presença que me peja? Meu Deus! Jesus! esconde-te! Ao que o pagem, com o temerario valor que os altos sentimentos persuadem, replica energicamente: Fujamos! Por onde oh! ceus?

Retirei-me para a casa que me destinavam, que era um d'esses semicilindros de que falei, e tive uma noite de insomnia, pensando no futuro da minha empresa. Estava sem recursos, e se o rei não protegesse enèrgicamente a minha viagem, ¿que poderia fazer? Sem a generosidade d'elle, nem mesmo teria que comer ali. Elle mandara-me dizer, que me falaria no dia immediato. ¿Como nos entenderìamos?

Vae prolongada a vil, barbara orgia!... No silencio da noite intensa e fria, Vem uns echos perdidos de batalha... Como uns ventos do norte impetuosos, São uns passos, nas trevas, vagarosos, Os passos da Canalha!