United States or Pakistan ? Vote for the TOP Country of the Week !


8 Matéria é de coturno, e não de soco, A que a Ninfa aprendeu no imenso lago; Qual Iopas não soube, ou Demodoco, Entre os Feaces um, outro em Cartago. Aqui, minha Calíope, te invoco Neste trabalho extremo, por que em pago Me tornes do que escrevo, e em vão pretendo, O gosto de escrever, que vou perdendo.

Porém não, que em parallelo Da minha Ninfa adorada Perolas não valem nada, Não valem nada os coraes. Ah soccorre, Amor, soccorre Ao mais grato empenho meu! Vôa sobre os Astros, vôa, Traze-me as tintas do Ceo. no Ceo achar se podem Taes bellezas, como aquellas, Que Marilia tem nos olhos, E que tem nas faces bellas.

54 Três formosos outeiros se mostravam Erguidos com soberba graciosa, Que de gramíneo esmalte se adornavam.. Na formosa ilha alegre e deleitosa; Claras fontes o límpidas manavam Do cume, que a verdura tem viçosa; Por entre pedras alvas se deriva A sonorosa Ninfa fugitiva.

Que importa, ó Ninfa formosa, Vir neste pégo arriscar-me, De mergulho ao mar lançar-me, E os livres peixes colher-te; Se quanto eu teimo em querer-te, Tu teimas em desprezar-me?

De medo a Deusa então por mim lhe fala; Mas ela, com um formoso riso honesto, Respondeu: "Qual será o amor bastante De Ninfa que sustente o dum Gigante? 54 "Contudo, por livrarmos o Oceano De tanta guerra, eu buscarei maneira, Com que, com minha honra, escuse o dano." Tal resposta me torna a mensageira.

Com doce voz eſtâ ſubindo ao cco Altos varões, que estão por vir ao mundo, Cujas claras Ideas via Protheo, Num globo vão, diafano, rotundo, Que Iupiter em dom lho concedeo Em ſonhos, & deſpois no reino fundo Vaticinando o diſſe, & na memoria Recolheo logo a Ninfa a clara hiſtoria.

74 Assi cantava a Ninfa; e as outras todas, Com sonoroso aplauso, vozes davam, Com que festejam as alegres vodas Que com tanto prazer se celebravam.

7 Com doce voz está subindo ao Céu Altos varões que estão por vir ao mundo, Cujas claras Ideias viu Proteu Num globo vão, diáfano, rotundo, Que Júpiter em dom lho concedeu Em sonhos, e despois no Reino fundo, Vaticinando, o disse, e na memória Recolheu logo a Ninfa a clara história.

2 Põe tu, Ninfa, em efeito meu desejo, Como merece a gente Lusitana; Que veja e saiba o mundo que do Tejo O licor de Aganipe corre e mana. Deixa as flores de Pindo, que vejo Banhar-me Apolo na água soberana; Senão direi que tens algum receio, Que se escureça o teu querido Orfeio.

Que ignorantes Do acatamento q' a teu lume immenso, Deveo sempre guardar o engenho humano! Deve, qual pobre, pequenino rio, A quem agua não deo caudal torrente, Correr tranquillo, e murmurar nas pedras, Ao Pastor innocente, á Ninfa ingenua Objectos de prazer offerecendo. Mas o desejo audaz, e o louco orgulho O torna rio impetuoso, e bravo Soberbo, ufano vai d'agua não sua.