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Vieram a proposito velhos cultos. Cada um de nós tinha concertado um Ceu para os seus santos um Ceu de Arte, limitado, que mal encheria duas paginas de Folhinha... Falei da obra revolucionaria de Dostoïewsky, D'Annunzio, da cruzada de Anatole, Maeterlinck, Nietzsche, Wilde e outros; confrontei a aspiração dos recem-cruzados da idéa-nova com o positivismo estreito dos ultimos cincoenta annos.

Strindberg, nos Casados, accusa-a de afagar para morder, e no Pae a violencia contra ella mantem-se constante e formidavel, como a de Nietzsche no Assim falava Zarathustra, na Genealogia da Moral e em O Viajante e a Sombra. Quanto mais culto, mais impiedoso, vituperando-a com affrontosas opiniões e algemando-a com as leis por elle proprio fabricadas.

Muitas das infelicidades lançam-nas á conta do destino: acceitam-nas serenos. Não assim as que batalham o seu amor proprio. A superioridade, é, como observa Nietzsche, o que está para além do homem. Mas isto que este pensa ao definir o valor alheio não o sente quando se contempla. Dahi o conflicto. O que produz, o que cria é o que está para além delle.

Nem mesmo Nietzsche, que, isento de sentimentalismos e branduras, não adorou pouco a fôrça e uma robustez pagã, nem êsse poupou

E que cousa é a ancia, a ancia em si, senão o limiar privilegiado dessa Vertigem Pura, o seu sintoma magnifico, a sua acentuação humana?... Ao indefinido na arte aspiramos pois, a um indefinido cheio de tortura, «rafiné» como o que o génio de Baudelaire compreendeu e quando essa tortura do Indefinido enche o intimo da nossa alma, então, cheia d'ancia e, assim, Nietzsche quasi a desejou ela quasi atinge o paroxismo eterno da Existencia que toda se debate na Vertigem Infinita!

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