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E em quanto André, torcendo as luvas claras, languidamente enterrado na poltrona que o Barrôlo lhe achegou com carinho, contava de Lisboa e de Cascaes, tão alegre, e partidas de bridge e da Parada e d'El-Rei Gonçalo revivia a tarde do Mirante, o seu pobre coração a bater contra a persiana mal fechada, a bruta supplica murmurada atravez d'aquelles bigodes atrevidos, e emmudecera, como empedernido, esmigalhando nervosamente entre os dentes o charuto apagado.

Comovido, Vamiré quedou-se, de olhos meio cerrados e lábios mais nervosamente apertados entre os incisivos: os minutos foram bem empregados; a flor aparecia belamente sobre o fino marfim.

E o fidalgo não se esqueceu do que lhe deve ao avô, do que me deve a mim, para vir para aqui, vermelho como uma lagosta, impar de raiva mansa? Se não tivesse que descer a medir-me comtigo, fazia-te engulir tudo isso com os dentes que te restam. Tremia apertando nervosamente o bordão. Com bem passe, senhor Martinho e o velho dizia-lhe adeus com a mão, sem se voltar. Fale-me ámanhã em jejum.

Corinna entrou de corrida, leve como um gnomo, a rir e a chorar, purpureada, com os olhos a saltar-lhe fóra da face, os braços abertos e convulsos, a respiração como tomada, e os labios crispando nervosamente, sem poderem proferir o quer que era de que os dramaturgos acham sempre uma expressão insipida, incolor e inverosimil.

Uma indole branda, docil, fraca, um d'estes seres nervosamente delicados, que tremem ao verem-se sós, cheios de poeticas superstições, que tenha a dissipar; que se lhe apoie ao braço, como se n'elle encontrasse a coragem que não sente em si, e que, ao mesmo tempo, domine pela fraqueza e pela doçura, domine sem consciencia do imperio que exerce e sem vaidade, portanto; um caracter d'estes é que deve procurar para salvar-se; d'elle pode esperar a realisação da vaga ideia de felicidade, que todos concebem na vida.

O juiz esperava, um ar sereno, de gravidade compungida. Ermelinda fez um esforço; dirigiu-se ao marido, apertou-lhe a mão. Adeus, Alberto, feliz e perdoa-me! adeus, senhora respondeu seccamente. A Rosina perguntou espantada: O papá não vem? não, filha, dá-lhe um beijo. O Alberto levantou a creança, beijou-a nervosamente, uma lagrima de emoção rolou precipitadamente sobre a sua face.

Então, que loucura é esta? Para que vieste aqui? interrogou Frederico, de mau humor. Ah! és tu!... respondeu ela. Ergueu nervosamente o véu, dirígiu-se para êle de braços abertos. Tinha os olhos vermelhos de chorar. Pensei que te não tornava a ver, que me tinhas fugido, que estavas fatigado de mim. Porque não apareceste ontem, como de costume? interrogou ela. Falava sacudidamente, muito excitada.

Não se falla a um homem da mulher que usa o seu nome, de maneira que possa tornal-a suspeita, quando nada de preciso se diz. O que ha? O que se passa? Respondes ou não». Continuava calada, e os seus dedos a brincar cada vez mais nervosamente com o objecto que servia para occultar a grande agitação interior.

Eu vi Rytmel córar de leve e torcer nervosamente o bigode. Pelo lucido instincto da paixão, comprehendi que entre aquella glorificação dos lagos, e os occultos pensamentos de Rytmel, havia uma affinidade. Lembrou-me a revista de Longchamps, os louros cabellos irlandezes de miss Shorn, e voltando-me para Carlos Fradique: Meu caro amigo, um pouco do seu violoncello, sim?

Cassio cravou no miseravel um olhar ameaçador e apertando convulsivamente os queixos um contra o outro, como para conter as palavras que estavam prestes a escapar-lhe dos labios, pegou no copo e bebeu nervosamente até á ultima gôtta.