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Não que de larvas me povôe a mente Esse vacuo nocturno, mudo e augusto, Ou forceje a rasão por que afugente Algum remorso, com que encara a custo... Nem fantasmas nocturnos visionarios, Nem desfilar de espectros mortuarios, Nem dentro em mim terror de Deus ou Sorte... Nada! o fundo dum poço, humido e morno, Um muro de silencio e treva em torno, E ao longe os passos sepulcraes da Morte.

Apetecia o confôrto caseiro e lembrava, gratamente, o sôpro morno dos calentadores, o efusivo calor das recepções mundanas, o tépido e sensual ambiente das veladas, dos concertos, dos bailes, dos teatros. Haviam-se inaugurado os selectos tés dominicais do Plaza, e os aristocráticos cartazes com o elenco do Colón tenorinavam líricas tentações pelas esquinas.

Nada! o fundo dum poço, humido e morno, Um muro de silencio e treva em torno, E ao longe os passos sepulcraes da Morte. Na floresta dos sonhos, dia a dia, Se interna meu dorido pensamento. Nas regiões do vago esquecimento Me conduz, passo a passo, a phantasia.

Se os inglezes deixaram em volta do Tejo alguma cousa a roubar, ou algum campo a queimar, os castelhanos da esquadra, desembarcando, quando o exercito anglo-luso tinha subido para Evora a encontrar o inimigo, acabaram a obra destruidora n'uma razzia monumental, a que não escapou eira nem beira, nem arvore, nem cousa viva. Em volta das muralhas de Lisboa ficou tudo um deserto morno e secco.

E no meio desta excitação mórbida do temperamento irritado, eram fraquezas súbitas, sustos de ave que pousa, um grito ao ouvir bater uma porta, uma palidez de desmaio se havia na sala flores muito cheirosas... À noite abafava; abria a janela; mas o cálido ar, o bafo môrno da terra aquecida do sol, enchiam-na dum desejo intenso, duma ânsia voluptuosa, cortada de crises de chôro...

Com effeito, entre nós, como, de resto, em todos os povos continentaes, o constitucionalismo gorára. Os seus theoristas ou tinham morrido, anonymamente, como Mousinho da Silveira; ou, consoante Herculano, haviam mergulhado na atonia d'um desespero quieto e môrno.

De resto o ceu, cinzento e abafado desde manhã, entenebrecia para os lados de Craquede e de Villa-Clara. Um bafo môrno remexeu a folhagem sedenta. E gotas pesadas se esmagavam na poeira quando elle, sempre galopando, entrou na estrada dos Bravaes. Na Torre encontrou uma carta do Castanheiro.

E, se um ou outro tinha uma tal ou qual intuição artistica, porque, fóra, nos grandes museus do estrangeiro, tinha visto qualquer cousa que lhe fizera notar tal, esse, ficava-se n'uma banal indifferença, sem se manifestar aggressivamente contra os systemas adoptados pelos pintores do seu tempo, que apresentavam nos seus quadros composições de convenção e feitas no ar morno dos atelieres, sem a inspecção constante e immediata dos motivos a pintar...

Nas livrarias, sem descobrir um livro, folheava centenas de volumes amarellos, onde, de cada pagina que ao acaso abria, se exhalava om cheiro môrno d'alcova e de pós d'arroz, entre linhas trabalhadas com effeminado arrebique, como rendas de camisas.

Despejem-se as chavenas Da atroz beberagem Da côr do selvagem Da adusta Guiné. E a tal folha exotica, Delicias da China, Por nossa sina Trazida de , Servida em familia, N'um morno hydro-ínfuso?... Anathema ao uso Das folhas do chá! Nem tu, ó alcoolico Humor dos lagares, Terás meus cantares, Meus hymnos terás. Embora das amphoras Vasado nas taças, Aos outros tu faças A lingua loquaz.

Palavra Do Dia

stuart

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