United States or Democratic Republic of the Congo ? Vote for the TOP Country of the Week !


Vi montes, vales, arvores e flôres, Limpidas aguas, múrmuras torrentes, Do grande mar as musicas plangentes, Dos céus sem fim os trémulos fulgôres! Trouxe os olhos tão ricos de belleza, O coração tão cheio de harmonia, De quanto havia em terra, mar e céos, Que interpretando a sós a Natureza: Dentro de mim esplendido fulgia, N'um circulo de luz, teu nome, oh Deus!

Ainda espero vêr-te arder, Pois com tanta sem-razão Murmuras da inquisição; Porém, é força em teu erro, Se te tratam como perro; Que te vingues como cão.

Era assim o primeiro: «Diz-me tu, amor, que magos philtros insinuaste no coração da virgem de olhos negros, que lêda e melancolica, lagrimosa e risonha, te está enamorando na lua, d'onde lhe sorris em noites calmas de estio, na floresta, onde lhe cicias palavras nunca ouvidas, na fonte, onde lhe murmuras a tua linguagem do céo?

Se outro valor não tivesse para ti este pobre livro, que tu amas porque é meu, bem o sei, teria o valor de ter sido quasi todo escripto ao das grandes arvores que deram sombra aos jogos da tua infancia, e que tu decerto desejarias que emballassem, com a musica harmoniosa e calmante das suas ramagens murmuras, com o gorgeio alegre dos seus ninhos primaverís, o supremo somno que dormirás mais tarde, na serena beatitude das consciencias boas!...

Oh rabidos leões! quando em vossas festas, Altivos como os reis, indomitos senhores, Debaixo do docel das mûrmuras florestas, Rugis como um trovão os fervidos amores!

Por isso, embora eu viva como o paria Junto ás margens do Ganges crystalino, Levando vida incerta, rude e varia, Entre os baldões d'um impobro destino: Vivo entre flôres, musicas e festas, Tendo por luz suprema o pensamento; Por palacios as múrmuras florestas, E alampadas os soes no firmamento!

Ó arvores escuras, sussurrantes... Ó airosas e múrmuras palmeiras, Que dáis sombra aos cansados viandantes Roidos das poeiras... Ó aguas do Jordão, aguas sagradas, Que roláis sobre a areia, léz-a-léz, Suspirando umas místicas baládas Do tempo de Moisés... Ó coisas orientáis... Ó brancas pombas que arroláis tão bem, Ó hôrtos, ó jardins, ó oliváis, Ó lirios de Belem!

Envolver-te de preito enternecido, Como o de um pobre cão agradecido. Voz debil que passas, Que humilima gemes Não sei que desgraças... Dir-se-hia que pedes. Dir-se-hia que tremes, Unida ás paredes, Se vens, ás escuras, Confiar-me ao ouvido Não sei que amarguras... Suspiras ou fallas? Porque é o gemido, O sopro que exhalas? Dir-se-hia que rezas. Murmuras baixinho Não sei que tristezas...

Palavra Do Dia

sentar-nos

Outros Procurando