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Mas vou escrever ao nosso amigo Francisco de Moraes Taveira, que está em Lisboa de viagem para França, e pedir-lhe que indague quanto poder dos nossos irmãos de Marselha o destino dos colonos, com os quaes saiu Antonio de Mourão.

A 17 de Março de 1807 sahiu dos carceres da Relação Simão Antonio Botelho, e embarcou no caes da Ribeira, com setenta e cinco companheiros. O filho do ex-corregedor de Vizeu, a pedido do desembargador Mourão Mosqueira, e por ordem do regedor das justiças, não ia amarrado com cordas ao braço d'algum companheiro.

Não foi El-Rei de sua partida sabedor salvo no outro dia, com que foi muito anojado, e mandou logo muitos fidalgos por todalas partes, avisados que por qualquer caminho que levasse o seguissem; e porque o Infante ao partir d'Evora por enlear os que o seguissem, pôs o rostro em Moura com mostrança d'entrar em Castella, El-Rei que d'isso foi avisado, partiu logo para Mourão e d'hi porque não achou certo recado, partio pelo rio d'Odiana abaixo sem algum repouso até que chegou a Crasto Marim onde soube que o Infante embarcara, e d'hi apressado se foi a Tavilla.

O solar dos Cabraes de Carrazedo é um dos mais antigos de Portugal. Meu sogro era hebreu, e chamava-se Antonio de Mourão, natural da Guarda. Fugiram de Portugal com admiravel fortuna, e casaram-se segundo o ritual hebraico, presumo eu. Meu sogro, ao tempo da fuga, estudava medicina, e tomou gráo em uma das universidades estrangeiras.

Conte-me o que souber d'essa senhora, que tenho ardentissima curiosidade de saber os successos da vida de tamanhos infelizes... Olhe, o modo como o marido morreu por fóra, não m'o disse ella... mas, o melhor é contar-lhe desde o principio. Appareceu aquella senhora em Bragança, com uma menina de vinte e dois annos. Menina! filha d'ella? Sim, filha d'ella e do judeu Mourão.

E elle teve ordenado de mandar matar Alvaro Gonçalves Mourão, e Dom Alvaro Perez de Castro, irmão de Dona Ignez, madre de Dom João e de Dom Diniz, filhos de el-rei Dom Pedro de Portugal, sendo então infante; e foram percebidos por Dona Maria de Padilha, que lh'o mandou dizer, e assim escaparam de morte.

São amargas as verdades, não é assim? disse-lhe, sorrindo, o desembargador Mourão Mosqueira. V. ex.^a sabe o que diz, e eu sei no que hei de ficar respondeu com tom ironico o fidalgo, alanceado na sua honra, e na dos seus quinze avós. O desembargador retorquiu: Fique no que quizer; mas na certeza, se isso lhe serve d'alguma coisa, que Simão Botelho não vai á forca.

Suicidarem-se! proseguiu Francisco de Abreu, que parecia, de absorvido em suas cogitações, não ouvir a esposa Suicidarem-se não póde ser... Antonio Mourão graduou-se em medicina em Paris ha quatro annos, e de passou para Hollanda. Um medico não chega a encarar com tão feia miseria que lhe quebre o animo, ao extremo de o anniquilar.

Proseguiu Braz Luiz de Abreu, relatando o que é notorio ao leitor, até ao seu casamento com a filha de D. Maria Cabral, fallecida no Porto. Crucificada existencia foi pois a de Antonio de Mourão! murmurou muito recolhido Francisco de Abreu, e assim se esteve cogitativo por largo espaço. Vejo que lhe fez commoção esta funebre historia! disse D. Josepha.

O filho de Antonio de Mourão estava de todo esquecido do doutor Abreu, e não longe de esquecer-se de Heitor Dias da Paz.

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