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O pateo ajardinado, cercado de alegretes, era todo viço e frescura, e tres cepas enroscadas e collossaes, cobriam com a sombra de seus pampanos as parreiras, aonde amadureciam na estação os mais formosos cachos de moscatel e de ferral-tamara.

O noivo predestinado affeiçoou-se á pequena com toda a effusão paterna. Prodigalisava-lhe carinhos, que a menina recebia com indifferente innocencia, mas com certo aborrecimento intimo, e até nojo da sua grande cara, cujas belfas eram vermelhas como duas folhas de parra de moscatel, no outono.

Alexandrino, aterrado, antevendo um regresso ao Cabralismo; o velho Pacheco Valladares de , que não se espantára do seu nobre primo, por que sangue de Ramires, como sangue de Sás, sempre ferve; o padre Vicente da Finta, que com os seus parabens, offereceu um cestinho de cachos do seu famoso moscatel tinto; e por fim o Visconde de Rio-Manso, que agarrado a Gonçalo, soluçou, no enternecimento quasi ufano de que a briga assim rompesse, na estrada, quando «o querido amigo, o amigo da sua Rosa» se encaminhava para a Varandinha.

Nas ruas, a sombra cahiria de densas latadas de moscatel, pousando em esteios revestidos d'azulejo. E o meu Principe desenhára o plano d'esta espantosa horta, a lapiz vermelho, n'um papel immenso, que o Melchior e o Silverio, consultados, longamente contemplaram, um coçando risonhamente a nuca, o outro com os braços duramente crusados, e o sobrôlho tragico.

Nenhum prato, por mais engenhoso, o seduzia; e, como através do seu tumulto matinal fumava incontaveis cigarretes que o resequiam, começava por se encharcar com um immenso copo d'agua oxygenada, ou carbonatada, ou gazoza, misturada d'um cognac raro, muito caro, horrendamente adocicado, de moscatel de Syracusa.

Um pequeno com uma alta aguilhada passou, recolhendo duas vaccas lentas. Do lado da Villa, o padre José Vicente da Finta trotou na sua egoa branca, saudou o Snr. Administrador, o amigo Sueiro, abençoando tambem a chegada do Fidalgo para quem preparára uma bella cesta da sua uva moscatel.

Titó e Gonçalo saboreavam o famoso cognac de Moscatel, preciosa antigualha da Torre, silenciosamente enlevados no Videirinha que recuára para o fundo da varanda, se envolvera em sombra. Nunca o bom cantador ferira as cordas com inspiração mais enternecida. Até os campos, o ceu inclinado, a lua cheia sobre as collinas, escutavam os queixumes do fado da Ariosa.

E acostumado ao alegre acordar do Fidalgo tanto estranhou aquelle silencioso e enrugado mover pelo quarto, que desejou saber se o Snr. Doutor passára mal a noite... Pessimamente! Bento declarou logo, com vivacidade e reprovação que certamente fizera mal ao Snr. Doutor tanto cognac de moscatel. Cognac muito adocicado, muito excitante... Bom para o Snr. D. Antonio, homemzarrão pesado. Mas o Snr.

O Lopes de Vasconcellos, um gordo, governador civil, ouvindo os poemas bacchicos, dava na barriga palmadas sonoras, intelligentes, rindo muito, e que a poesia era aquillo, uma coisa com pilheria, porque versos de choradeira não os podia tragar, affirmava, alludindo ao episodio da Ignez de Castro, do Camões, recitado por João Thomaz Quillinan com uma sentimentalidade plangente e languida, toda feita de moscatel de 1830.

Em volta da improvisada meza, como collocadas em atiradores, alinhavam-se vinte quatro garrafas de Bordeus, e em torno d'um carvalho secular, entre as anfractuosidades rugosas do tronco, trinta garrafas de moscatel, de Madeira e de Champagne, de gargalos prateados, conservavam-se em reserva, meio occultas pela herva alta.

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