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Sua mulher que elle ja não póde amar sem deshonra e vergonha!... Na hora em que ella accreditou na minha morte, n'essa hora morri. Com a mão que deu a outro riscou-me do número dos vivos. D. João de Portugal não hade deshonrar a sua viuva.

Não me interrompas com lastimas que não remedeiam o meu destino... Attende, meu amigo... Se acontecer eu amanhã ser preso ou morto, parte logo para Guimarães, procura meu pai na rua Infesta, e dize-lhe que eu morri ou vou morrer, sacrificando a vida infamada á honra de a perder em desaffronta de um grande ultrage. Não tens aqui papel e tinta.

Milhares deixaram a cabeça debaixo do cutelo do algoz: milhares volteiaram no cadafalso por noites de luar, como agora eu volteio. E este baraço que ora me sobreleva do chão ainda o achei aquecido do collo da minha ultima victima. Fartei a sede de vingança e de sangue que mirrava o meu coração, e morri seguro de que deixava atraz de mim a campa cerrada em cima de todos os virtuosos.

E como eu propunha que telephonassemos aos amigos para beberem no 202 o Champagne do «Natalicio» elle recusou, com o nariz enojado. Oh! Não! Que horrivel sécca!... E bradou mesmo para o Grillo: Eu hoje não estou em Paris para ninguem. Abalei para o campo, abalei para Marselha... Morri!

E, voltando á sala: Prompto, disse elle; podemos continuar. Como ia dizendo a Vossa Reverendissima, morri no dia vinte de março de 1860, ás cinco horas e quarenta e tres minutos da manhã. Tinha então sessenta e oito annos de edade.

O proprio remorso o deve ter afugentado de ... E viverá ainda? Não sei... Se o remorso matasse, elle deveria ter morrido. Mas o remorso é um veneno que vae minando lentamente a existencia. Tortura, mas não fulmina, as suas victimas. Elle matou o pae, é bem certo. Mas tambem eu matei o meu e não morri... Não morri, quando tantas vezes pedia a morte a Deus! Deve portanto viver.

Em ti, meu pallido Anto, Ha mortos a falar! Oh moribunda voz em lagrimas de canto... E eis-me perdido e , como um ceguinho, Tacteio ceus de extactica harmonia, E vejo Deus em mim a ungir-me de carinho, E sou onda de luz em melodia... Morri para viver alem da Morte: Meu negro olhar agora é azul-celeste, Oiço na minha lyra o meu transporte, Senhor! Bemdita a morte que me deste! Oh floresta!

Aqui deponho em suas mãos e debaixo dos seus lábios o livro do seu irmão. A minha «obra» terminou no dia em que elle saiu da nossa doce amizade para a nossa terrível amargura: morri, meu querido Jorge deixe-me chamar assim ao irmão do meu querido Cesario; morri para as alegrias do trabalho, para as esperanças dos enganos doces! O desmoronamento fez-se, a um tempo, no espírito e no coração!

Quem te diria que eu morri, se não fosse eu mesma, Simão? D'aqui a pouco perderás da vista este mosteiro; correrás milhares de leguas, e não acharás, em parte alguma do mundo, voz humana que te diga: «A infeliz espera-te n'outro mundo, e pede ao Senhor que te resgateSe te podesses illudir, meu amigo, quererias antes pensar que eu ficava com vida e com esperança de vêr-te na volta do degredo?

Ninguem profanará seus restos adorados, Que em paz irão dormir n'um fundo mausoleo; E quando alguma vez hirtos, regelados, Acordem, por ventura, á luz que vem do céo; Em vão tu baterás, ó sonho, á fria porta Que em breve has de sentir fechada sobre ti, Porque a tua Memoria, emfim, estará morta, E não te escutarei... porque também morri!