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A tia Anna concordava com o marido: Diga-lhe, meu senhor, que nós dizia ella com voz tremula que... morremos, sim que morremos... ambos! Na tarde d'esse mesmo dia, quando os ultimos raios do sol poente purpurisavam a cumiada das montanhas, e pelos respaldos dos outeiros vinham descendo as sombras esfumadas do crepusculo, voltavam ambos para a Izabellinha.

E que perderia esse esplendor com a alliança de Bertha? Não é ella uma rapariga de sentimentos nobres, cheia de virtudes e de excellentes qualidades? N'essas familias que manteem o esplendor que diz, conta muitas noivas mais dignas de seus filhos? E depois, meu tio, deixe-me dizer-lhe: nós precisamos de misturar sangue novo ao nosso, senão morremos asphyxiados n'estes ares modernos.

E quem em ti determina Descanso poder achar, Saiba que erra; Que sendo a alma divina, Não a póde descansar Nada da terra. Nascemos para morrer, Morremos para ter vida, Em ti morrendo: O mais certo he merecer Nós a vida conhecida, Ca vivendo. Emfim, mundo, es estalagem, Em que pousão nossas vidas De corrida: De ti levão de passagem Ser bem ou mal recebidas Na outra vida.

Que o bom senso, tão raro! nos acuda; nos tome um dia a sério! Não ha Sebastião nenhum da Arruda, suando phalansterio, que não mande estampar nos seus bilhetes armas ducaes, brazões de pataratas! Morremos por trincar a monarchia; mas trincamos-lhe a ceia e os sorvetes emquanto do ceu Deus não envia novo maná... de instituições baratas!... Uns typos!

Tinham-se accendido mais pharoes no alto dos mastros. O ruido do vento de temeroso, parecia uma passagem violenta de almas condemnadas. Desci á camara para beber cognac, porque o frio era agudo. Carmen, sentada no sophá, no alto da sala, estava ali immovel, com os olhos vagos, as mãos crusadas. Morremos, hein? perguntou ella. Tem medo? disse eu. Um pouco, de morrer affogada.

A um d'esses ramos, o mais arido para mim, o que nada admira pertencem os seus tão notaveis artigos jornalisticos, quasi todos compilados nos volumes Politica e economia nacional e Carteira de um jornalista, os seus opusculos e livros sobre o Regimen das riquezas, o Socialismo, as Eleições e até o seu magnífico projecto de Lei de fomento rural, que póde bem chamar-se um programma completo de restauração patriotica, uma especie de systema de hygiene applicado ao organismo exangue de um paiz que, primitivamente destinado a uma existencia modesta e rudemente tonica de trabalho rural, de obscura felicidade sem historia, se gastou nos excessos e nas aventuras d'esse sonho ultramarino que o fez viver, é certo, e que lhe deu renome, mas que o condemnou á longa e incuravel anemia de que todos morremos hoje aos poucos...

Nós não morremos: mas lagrimas congeneres com as do velho mareante saltaram-me dos olhos, quando pela primeira vez penetrei por entre o brilho sombrio e os perfumes acres das Flôres do Mal. Eramos assim absurdos em 1867! De resto, exactamente como Ponce de Leon, eu procurava em Litteratura e Poesia algo nuevo que mirar.

E agora? agora? dizia-lhe a mulher Riem-se de ti inda por cima, e ninguem te ajuda. Morremos á fome.

Quem tẽe razão tão cerrada, Que não saiba, sendo rudo E sem respeito, Que sem Deos he tudo nada, E nada com elle tudo Sem defeito? E sendo isto assi tão certo, Como todos confessamos E sabemos; Não troquemos pelo incerto O em que tão certo estamos, Pois o vemos. A tudo isto podeis responder, que todos morremos do mal de Phaeton, porque del dicho al hecho, gran trecho.

E curvava-se sob as palavras da mulher, amachucado, sem forças para luctar, quebrado pelos desenganos e pela indifferença dos outros. E agora? agora? perguntava-lhe ella. E elle cahido: Agora não sei... Agora morremos todos á fome. Batera em vão a todas as portas, anniquilado, sem idéas e sem forças.