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Tipoias vazias rodavam devagar; pares de senhoras passavam, de cuia cheia e tacão alto, com os movimentos derreados, a pallidez chlorotica d'uma degeneração de raça; n'alguma magra pileca, ia trotando algum moço de nome historico, com a face ainda esverdeada da noitada de vinho; pelos bancos da praça gente estirava-se n'um torpôr de vadiagem; um carro de bois, aos solavancos sobre as suas altas rodas, era como o symbolo de agriculturas atrazadas de seculos; fadistas gingavam, de cigarro nos dentes; algum burguez enfastiado lia nos cartazes o annuncio d'operetas obsoletas; nas faces enfezadas de operarios havia como a personificação das industrias moribundas... E todo este mundo decrepito se movia lentamente, sob um céo lustroso de clima rico, entre garotos apregoando a loteria e a batota publica, e rapazitos de voz plangente offerecendo o Jornal das pequenas novidades: e iam, n'um vagar madraço, entre o largo onde se erguiam duas fachadas tristes de igreja, e o renque comprido das casarias da praça onde brilhavam tres taboletas de casas de penhores, negrejavam quatro entradas de taberna, e desembocavam, com um tom sujo d'esgoto aberto, as viellas de todo um bairro de prostituição e de crime.

E eu via, apesar da escura noite, nitidamente via o Senhor dos Passos sumindo os maços de inscripções dentro da sua tunica rôxa; o Casimiro tocando com as mãos moribundas os lavores das pratas, espalhadas sobre o seu leito; e o vilissimo Negrão, de casaco de cotim e galochas, passeando regalado á beira d'agua, sob os olmos do Mosteiro! E eu alli, com o oculo!

Entre o formidavel processo da Paranoia primitiva, tão movimentado, tão independente, tão cheio de cambiantes evolutivas, e o estado predemencial, tão pallido que os seus symptomas não são senão residuos de psychoses moribundas pedras de um edificio em ruinas, taboas de um navio em naufragio nenhuma approximação pathogenica ou nosologica era, com effeito, possivel.

Vivas, ellas teem a sua liberdade de entes racionaes e os seus affectos e dedicações de mulher escravisados á formalidade, á etiqueta, ás praxes; moribundas cerca-as ainda a pompa que estabelece um diapasão ao arranco, uma melodia ao soluço e um gesto nobre ás agonias; e finalmente nem depois de mortas lhes é dado esperar que se lhes respeite o direito, para qualquer outro ente indiscutivel, de legarem como quizerem e a quem quizerem o seu triste dinheiro, o qual nenhum de nós quereria ter ganhado em similhantes condições e com eguaes amarguras!

Certamente que, companheiro e parente, admirára sempre a belleza da prima, mas seguira outros caminhos, nunca reparára bem para o enigma perturbante dos olhos verdes, para a elegancia moderna, feita de graça, a gentil figurinha de Boldini, princeza de cera e de seda, cujas mãos eram dignas de vêr florir entre os dedos os anneis mais preciosos que Vever e Lalique inventam, em combinações de moribundas gemas.

Oh moreno cantor a ouvir de bruços, Das gothicas ogivas merencoreas, Musgosas de saudade, Echos duma outra Edade, Vozes de viola zoando moribundas, Morrendo gemebundas; Crepusculo de som, penumbra de memorias... Oh Lusiada absorto Na chymera do Alem! Infante é tudo morto, De que serve esperar! Falas de longe: a Morte diz á Vida A sua grande, eterna despedida...

Desmaia ao longe o sol... Que tardes estas De maguas tão profundas! Andam no ar exalações funestas Das rosas moribundas... Coas chuvas engrossaram as ribeiras. passam a gemer, Levando os esquelêtos das roseiras, Que acabam de morrer... Erguem-se ao ar as ramas desnudadas Das arvores agrestes; E as aves vão piar desconsoladas Á sombra dos ciprestes... Os ciprestes!

Que irá elle fazer?!... Approxima-se mais, rastejando quasi, mansamente, subtilmente. De repente sôa uma pancada surda, e um grito estrangulado: Soc...corro! Sôa outra pancada surda, outra, outra, muitas pancadas, e sobre os brancos lençóes d'aquelle malfadado leito palpitam as carnes sangrentas, moribundas, de um corpo de mulher que ainda ha pouco sentia e pensava...

Mas tambem ha almas, pobresinhas d'ellas! Que á romagem d'oiro não acodem ! Almas moribundas... Noites de procellas... Olha nos casebres tremeluzem velas!...

As tradições das victorias, as maravilhas celestes dos tempos heroicos de Islam estão gravadas na memoria de todos. Porque não salvam, não regeneram ellas essas sociedades atrophiadas e moribundas?

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