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Reconhecida a dependencia causal da ideia para a sensação, substitue-se ao principio da substancialidade o principio de causalidade, e funda-se a sciencia moderna, positiva, monista, determinista e evolucionista.

Nada d'isto encontro no monismo de Haeckel e seus discipulos: o terreno sobre que pretendem construir está, quanto a mim, muito longe de ser solido. Falta-me ainda encarar, n'esta esphera da ideia de materia, a concepção monista, sob um outro ponto de vista.

A doutrina monista tem, pois, em despeito das suas pretensões de positividade, um caracter especulativo e é propriamente um systema, uma construcção philosophica em que o a priori representa um papel preeminente: n'uma palavra, apezar dos elementos scientificos que contem, não é uma doutrina scientifica, mas uma hypothese philosophica.

A idéa da finalidade, combatida pela escola monista, é sustentada por Anthero d'um modo superior e original. A evolução, diz elle, implicando a idéa d'um typo, que as formas evolvendo, tendem a realisar, implica por isso mesmo uma finalidade. Quem diz evolução, diz progresso. Ora progresso que não tende para cousa alguma que não tem um typo e um fim, não se comprehende.

Não vejo que a doutrina monista resolva, como ella póde ser resolvida, n'uma esphera superior, esta contradicção. Pelo contrario, no livro do sr.

Com effeito, se o universo evolve porque é que evolve? Se a sciencia nada tem que vêr com esta questão, a philosophia é que tem muito e tudo e mostrei que é sómente como tentativa philosophica de explicação que o evolucionismo monista deve ser considerado. Uma theoria geral philosophica do desenvolvimento das cousas implica, pois, uma theoria da razão de ser d'esse desenvolvimento.

Ora os factos são apenas a materia prima da philosophia: são aquillo que se pretende explicar, em quanto que os principios fornecem o criterio e o ponto de vista d'essa explicação; e a doutrina monista da evolução, que, como doutrina positiva, como generalisação scientifica dos factos da natureza, está muito longe de ser rigorosa e fundada, pecca por outro lado gravemente, como hypothese philosophica, como doutrina especulativa, pela falta d'analyse das ideias sobre que, para merecer o nome de philosophia da natureza, se deveria apoiar.

por aqui começamos a ver quanto a concepção monista da materia é confusa e mal definida e, por conseguinte, pouco philosophica. Mas não o é por isto. A confusão primeira faz-se sentir em todos os aspectos da ideia de materia.

Pretenderei eu accaso com esta critica, contestar o valor dos trabalhos da escola monista, ou ainda a sua importancia philosophica? De modo algum. O que eu contesto é o valor do seu systema, como systema, o que eu censuro é a pretensão de fundar uma philosophia da natureza com a simples generalisação dos dados d'um grupo de sciencias, e sem ter em conta o indispensavel criterio das ideias.

Por outro lado demonstra que ha contradicção flagrante entre a idéa da espontaneidade da materia, como a admitte a escola monista, e a theoria da conservação do movimento, que domina nas sciencias physicas e em grande parte nas sciencias da organisação.

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