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A realidade é a minha visão; é que o monge, o sacerdote, se converteu em mendigo. Silencio, outra vez, homens grandes! Tambem eu nasci nesta terra, e o sangue ainda me não esqueceu o caminho das faces.

Quando o grande pintor voltou a si d'aquelle extasis imprevisto, sentiu-se pequeno ao de uma creação tão perfeita. Perguntou ao monge que o conduzia, que pincel realisára tamanha obra, para confessar-se seu discipulo, e proclamal-o á admiração do mundo.

Os medicos, com a sua costumada innocencia, conjecturavam que a presença do monge faria uma grande revolução nos elementos desorganisados da vida de Carlota, e agouravam a possibilidade de uma cura por meios todos moraes. N'esta esperança, que fazia sorrir a freira, frei Francisco foi avisado para encontrar Carlota n'uma grade. Espectaculo indescriptivel!

Herculano, se tivesse vocação litteraria, fazia umas botas. Parte d'aquellas obras diz Fernandes que é glosa da Notre Dame de Victor Hugo. Eurico é a variante do typo de Claudio Frollo; O Monge de Cistér é variante da paixão de Esmeralda e de Phebus; O Bobo é o desenvolvimento de Pierre Gringoire; A Historia de Portugal é apenas a historia dos concelhos precedida da biographia dos reis.

O estiolamento era completo, porque nem um raio de sol chegava ao individuo, que parecia de cera quando tirado da cella subterranea em que permanecera, o que fazia imaginar os espectadores que se sustentava de toucinho e assucar branco. Curvado e de mãos postas, apresentava a apparencia de um monge em extasis e absorvido em contemplação.

Aquella mão apertava como a do naufrago em trances de morte. Um frouxo de tosse salpicou de sangue o braço do monge, e em seguida, quando Rufina entrava na grade com o copo, a mão de Carlota decaíu com o braço ao longo da grade, a fronte pendeu para as costas da cadeira, o outro braço se não ergueu para tomar o copo da agua que lhe roçava os labios humidos de sangue.

Como o atheu e o pastor, nas batalhas Mil e mil sem alento caíram; Mil e mil, que em seu sangue este solo, Nas fraternas discordias, tingiram! Essas scenas de pranto e de lucto Quem as trouxe a esta terra querida? Foi o monge, que em animos rudes Instillou o furor fratricida. Que pediamos nós?

Afastei-me de ti e distante Voltei-me para vêr-te inda uma vez Com o presentimento lancinante De que te não veria mais, talvez. Tornei-me então da lividez d'um monge, Quando vi alvejar nos dedos teus Um lenço branco repelindo ao longe: Adeus, adeus, adeus... Lyrica chineza Lembra-me a hastea comprida Dos lyrios brancos em flôr, A elegancia apetecida Do seu corpo tentador.

Quem lhe vai pensar as feridas ao misero? conchegal-o ao seio quando pára finalmente depois do torrentoso despenho? Então mirra-se as mais das vezes na cruciante solidão d'uma existencia sem esperança. Antigamente fazia-se monge, como aconteceu com Agostinho Pimenta. Amortalhava-se no habito, cingia-se de cilicios, vivia na cella ou na gruta, ajoelhava deante da caveira ou da cruz.

Comecei a viver cada dia mais retirado no fundo da minha alma, perdido na admiração da Imagem que rebrilhava até que essa occupação me pareceu digna da vida, no mundo todo não reconheci mais que uma apparencia inconstante, e fui como um monge na sua cella, alheio ás coisas mais reaes, de joelhos e hirto no seu sonho, que é para elle a unica realidade.

Palavra Do Dia

stuart

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