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Il Canzoniere portoghese della Bibliotheca Vaticana, n°. 4803. Messo a stampa de Ernesto Monaci. Halle, 1875. Desde 1847, que o brasileiro Lopes de Moura publicou em Paris um excerpto do grande Cancioneiro portuguez da Vaticana, contendo as canções de el-rei Dom Diniz. Como se veiu a conhecer a existencia d'este precioso codice em Roma?

Monaci conservou a disposição do manuscripto na reproducção typographica, a uma ou a duas columnas, com todos os vestigios das differentes numerações e siglas referentes a outros codices analogos e mais antigos. Pelo seu prologo, de uma precisão rigorosa, se toda a historia externa do Cancioneiro.

No emtanto, no estrangeiro o interesse scientifico muitas vezes se havia occupado do passado historico de Portugal, e foi a esta corrente que obedeceu o illustre philologo romanista Ernesto Monaci coadjuvado pelo activo e intelligente editor Max Niemeyer, restituindo a este paiz o texto diplomatico do mais precioso dos seus documentos litterarios.

A edição feita em Halle, appresenta todo o rigor diplomatico, de modo que os erros do copista italiano do seculo XVI podem restituir-se á leitura do portuguez do codice primitivo; apesar d'este subsidio, Monaci tentou com um seguro tino critico uma tabella dos principaes erros systematicos, e um indice das necessarias restituições que se podem fazer em cada canção; em fim, tudo quanto é preciso para a intelligencia do texto, existe ali.

Monaci não desconheceu o valor das variantes do Cancioneirinho. Depois de toda esta discussão sobre os diminutos vestigios que restam de alguns cancioneiros portuguezes dos seculos XIII e XIV, a aproximação de numerosos factos secundarios, e as inducções que se formam sobre elles, exigem uma recapitulação clara para que se possam tirar a limpo algumas conclusões geraes.

N'este catalogo precioso descoberto por Monaci, sob o numero 44 Bonifaz de Jenoa segue-se esta referencia a manuscriptos de Bembo: "vide bembo Ms. bonifazio Calvo de Genoa." E sob o numero 456 il Rey don Affonso de Leon, segue-se esta nota: "bembo, dice di Ragona, figlio di Berenghieri."

Ao terminar do modo mais consciensioso a sua empreza, escreve Monaci: "voglia il cielo che tornato il libro in Portogallo, diventi presto oggetto di studj novelli. È solo nella fonte delle tradizioni patrie che lo spirito di una nazione si ringagliardisce."

O illustre editor Ernesto Monaci ao estudar o manuscripto do Cancioneiro da Bibliotheca do Vaticano, n°. 4803, pelas referencias do texto e paginação de um outro codice ali intercalladas, reconheceu que deveriam ter existido duas fontes para este apographo. Nas suas investigações na opulenta Bibliotheca do Vaticano teve a felicidade de descobrir o Catalogo dos Trovadores portuguezes no manuscripto 3217, o qual combina na maior parte com o dos Trovadores do Cancioneiro n°. 4803, sendo as emendas d'este ultimo codice da mesma letra do indice escripto pelo philologo Angelo Colocci, erudito italiano do seculo XVI.

Esta é a opinião de Monaci; não concordamos porém com a sua interpretação do trecho de Duarte Nunes de Leão quando este escriptor portuguez diz: "segundo vimos por um cancioneiro seu, que em Roma se achou, em tempo de el-rei Dom João III..." deduzindo que Nunes de Leão chegara a vêr esse cancioneiro; em primeiro logar, Nunes de Leão refere-se a um Cancioneiro seu, isto é unicamente de el-rei Dom Diniz, e não geral, como o de que resta noticia pelo Indice de Colocci e pelo apographo da Vaticana; isto é uma prova da informação vaga do chronista, e alem d'isso a phrase segundo vimos, significa: como se prova, como se deduz.

Relações do Cancioneiro da Vaticana com o Cancioneiro de Angelo Colocci. Antes de Monaci haver descoberto no Ms. n°. 3217 o Indice do Cancioneiro perdido do erudito quinhentista italiano Angelo Colocci, ja elle determinara pela forma por que está escripto o Cancioneiro da Vaticana, que deveria ter existido um original mais antigo e mais completo.

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