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Os farrapos que vestia não o resguardavam do frio; e o homem tremia, e os dentes batiam-lhe uns contra os outros. E no seu delirio o misero soltava palavras cortadas. Agua! agua! dizia; porque a sede lhe roía as entranhas. E não havia quem lhe desse um pucaro de agua. Tribunos da plebe, dae-me um pouco de pão. Ah! bem negro que seja! que tambem eu sou do povo.

Tu, Eco, as decoraste, E, cortadas dos ais, assim resoaõ Nos côncavos penedos, que magoaõ: Toldaõ-se os ares, Murchaõ-se as flores: Morrei, Amores, Que Ignez morreo. Misero Esposo, Desata o pranto, Que o teu encanto naõ he teu. Sua alma pura Nos Ceos se encerra: Triste da Terra Porque a perdeo! Contra a cruenta Raiva ferina Face divina Naõ lhe valeo.

Da sórte que acontece Ao misero doente, Da cura despedido, Que o Medico advertido Tudo quanto deseja lhe consente; O Amor me consentia Esperanças, desejos e ousadia. E agora venho a dar Conta do bem passado A esta triste vida e longa ausencia. Quem póde imaginar Qu'houvesse em mi peccado Digno d'huma tão grave penitencia? Olhae que he consciencia Por tão pequeno êrro, Senhora, tanta pena.

Mas o misero amante, que o sobejo Mal empregado amor lhe defendia Ter de tamanha vergonha ou pejo; Da falsífica Nympha não sentia Senão que o frio do gelado Rheno Os delicados pés lhe offenderia.

Vingava-se, é verdade, em servir de couces e cachações o misero Gabriel, que se lhe reboleava aos pés; mas isto não era mais que botar lenha ao forno, e augmentar cada vez mais o tumulto. A hirta de saloios ao do guardavento tornava-se mais flexivel, ondeava, alargava-se, dissolvia-se, e vinha agglomerar-se de novo em volta de Bartholomeu, curiosos de indagarem o motivo daquella assuada.

O pobre moiro enamorou-se D'Ely, môça christã, sendo filho do Emir... Tamanha dor sentiu, que o misero exilou-se, Como se alguem podesse á propria dor fugir! Longe, na terra alheia, abrasa-lhe a memoria A imagem da mulher que a vida lhe prendeu, Vendo-a morta, a sorrir sob um nimbo de gloria, Mas no esplendor de um ceu que nem mesmo era o seu...

Se o misero agonisante podesse comprehender a amargura com que o anjo lhe chorava a perdição no amor terreno, e a doçura que ha no affecto do homem aos mensageiros de Deus, despiria, rindo, o corpo enfermo, para se lhes unir, «para aspirar o goso celestial do amor sem termo». E logo, sem tardar, respondendo á voz do anjo, a Graça ungiu o moribundo.

"Inda esta noite; Mas do espirito seu não choro a ausencia, Antes fólgo de ver que não deixo D'esta minha linhagem nobre e pura Ninguem que haja de ser misero escravo De Mafamede ou teu. Anda, acommette!" Baldado desafio! Alp é morto.

Religião! do misero conforto, Abrigo extremo de alma, que ha mirrado O longo agonisar de uma saudade, Da deshonra, do exilio, ou da injustiça, Tu consolas aquelle, que ouve o Verbo, Que renovou o corrompido mundo, E que mil povos pouco a pouco ouviram. Nobre, plebeu, dominador, ou servo, O rico, o pobre, o valoroso, o fraco, Da desgraça no dia ajoelharam No limiar do solitario templo.

E se vencendo a Maura resistencia A morte sabes dar com fogo, e ferro; Sabe tambem dar vida com clemencia A quem para perdê-la naõ fez erro. Mas se to assi merece esta innocencia, Põe-me em perpétuo e misero desterro, Na Scythia fria, ou na Libya ardente, Onde em lagrimas viva eternamente.

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