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Diga, diga tudo, que a mim basta-me a consciencia da minha vida honrada para me acobertar dos insultos do mundo! Farto d'elles estou eu, por que me chamam engeitado! Diga-me seja o que fôr, que eu lh'o peço com as mãos erguidas! Por Deus não minta, senhor! Conheceu meu pae? conheceu minha mãe? Conheci. Jura-m'o pelos Santos Evangelhos? Eu não reconheço a santidade dos Evangelhos.

O mestre quiz, por força, saber porquê. E eu tive que dizer: Mestre! quando sahi de casa tomei um carro para vir mais depressa mas, por infelicidade, deante do carro cahiu um cavalo com um ataque que durou muito tempo. O mestre zangou-se comigo: Não minta! diga a verdade!

Senhor doutor, disse ella no silencio que se fez, a menina acordou e diz que quer o filho. E então? A criança levaram-n'a, não? A criança levaram-n'a... disse a Dionysia. Bem, acabou-se... Dionysia ia fechar a porta, mas o doutor chamou-a. Ouça , diga-lhe que a criança vem ámanhã... Que ámanhã sem falta que lh'a trazem. Minta.

Emquanto a mentiras não incommodam quem as ouve e as diz. O caso é que se minta a proposito e bem. Questão de habilidade. As varias fórmas da utilidade invadem todos os corpos e todas as almas. Subir e medrar, gozar e vencer são os pontos cardeaes do mappa das crenças. Quem negará que o escandalo seja uma excellente recommendação?

Tempéra a chamma dos olhos, Abafa-a por mais queimar. Poz na voz aquelle incauto Que ou minta ou não, é fatal. E, com o inferno no seio, Falla o ceo no seu fallar. Ja os amargos queixumes Se imbrandecem no chorar, E em sua propria justiça Com arte finge affrouxar. Protesta a bôcca a verdade: «Que não hade perdoar...» Mas a verdade dos labios Os olhos querem negar.

Na vida real, recebemol-a como ella sáe dos encontrados acasos, ou da logica implacavel das coisas; mas, na novella, custa-nos a soffrer que o author, se inventa, não invente melhor; e, se copía, não minta por amor da arte.

Sósea parece que ouvi: Alviçaras, minha Senhora, Que na falla o conheci. Alcmena, Bromia, Jupiter, e Mercurio. Zombais, Bromia, por ventura? Senhora, não zombo, não. Vejo eu Amphitrião, Ou a vista me afigura O qu'está no coração? Olhos, diante dos quais Desejei mais este dia, Que nenhuma outra alegria, Senhora, nunca creais Que lhe minta a phantasia.

Ora isto ainda é peor do que se elle tivesse morrido de repente porque nós não sabemos se estamos de lucto carregado ou não. Então o mestre perdeu a cabeça comigo: Não minta, ouviu? diga a verdade, lh'o disse! Fiquei muito tempo calado. De repente, não sei o que me passou pela cabeça que acreditei que o mestre queria effectivamente que lhe dissesse a verdade.

Imagine-se por um instante que os novos conjuges assumiram a liberdade de formularem em palavras tudo que tivessem no pensamento, o que diziam um para o outro: « conheço todos os teus defeitos, sei que hei de vir a dar-me muito mal comtigo: achei-te ainda agora profundamente ridiculo n'aquella phrase que me disseste; mas como estamos na lua de mel, deixa-me que te beije com transporte, que te recite ao piano o idyllio apaixonado da minha ventura, que olhe para ti com a sentimentalidade piégas com que os caixeiros romanticos olham para as namoradas, que minta emfim conscienciosamente, como compete a quem se acha de posse de uma posição official e a quem não póde renunciar sem desdouro

Minta como um cão; aqui o senhor abbade licença... Que durma, que socegue. A Dionysia retirou-se. Mas a controversia não recomeçou: diante d'aquella mãi que acordava depois da fadiga do parto e reclamava o seu filho, o filho que lhe tinham levado para longe e para sempre, os dois velhos esqueceram a Torre de Babel e a formação das linguas. O abbade sobretudo parecia commovido.

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