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Amor! na minh'alma a voz me dizia, E um beijo na fronte não sei se o senti. Já vês que o meu sonho foi sonho innocente; O resto eu te conto; como has de gostar!
E no teu peito exhausto, onde em tumulto ouviste Tantas paixões rolar, A minh'alma escutou, num eco amargo e triste, A primeira innocencia em segredo a chorar! A chorar em segredo a pureza da infancia, A candura perdida, De que eu sentia ainda a ultima fragrancia A evolar-se de ti, como d'urna partida. Pobre flôr torturada!
O sol do outomno, as folhas a cair, A minha voz baixinho soluçando, Os meus olhos, em lagrimas, beijando A terra, e o meu espirito a sorrir... Eis como a minha vida vae passando Em frente ao seu Phantasma... E fico a ouvir Silencios da minh'alma e o resurgir De mortos que me fôram sepultando... E fico mudo, extatico, parado E quasi sem sentidos, mergulhando Na minha viva e funda intimidade...
Se fôr assim, em noite tenebrosa, Tu hasde ouvir minh'alma lacrimosa, Magoadamente a suspirar de dor. Com oiro fino e pedras recamado, Outr'ora um rei de Hungria deu o throno, Para dormir um passageiro somno D'uma donsella no regaço amado. Ao ver o rei assim apaixonado Sorria a corte com sinistro entono! Neto de heroes vencido... ao abandono... Ai, quem em tal houvera então pensado.
Resa esse rosario, santa lagrimosa! Sobre os teus joelhos deixa-me deitar! Triste da minh'alma!... vê, que desditosa!... Unge-m'a de bençãos, mão religiosa!... Cobre-m'a de graças, cristalino olhar!... Resa-lhe baixinho, minha boa amiga! Resa-lhe rosarios de orações ideaes! Morta de miseria, morta de fadiga, Deixa que ella durma na pureza antiga... Que ella durma... sonhe... e não acorde mais!...
«Delirio, como foi o do passado, Não podia ser longo. A minha origem, O meu nome, não são de mancha isentos; Mas comtudo, apesar do teu orgulho, Regeitar perfilhar-me!... nesta face, Quaes olhos não verão que sou teu filho? A minh'alma tambem de ti procede! De ti, sim; por que tremes? de ti veiu O indomavel vigor do meu caracter.
Por sobre os terraços adormecidos da musulmana Alexandria soltei a voz dolorida, voltado para as estrellas; e roçando os dedos pelo peito do jaquetão onde deviam estar os bordões da viola, fazendo os meus ais bem chorosos suspirei o fado mais sentido da saudade portugueza: Co'a minh'alma aqui te ficas, Eu parto só com os meus ais, E tudo me diz, Maricas, Que não te verei nunca mais.
Mas quem terá, Senhora, Palavras com qu'iguale Com vossa formosura a minha pena; E em doce voz de fóra Aquella gloria falle Que dentro na minh'alma Amor ordena?
Se no presente ou porvir, Alguem que te encante a vida Existe ou tem de existir... Não terei zelos... Unida, Para sempre a outro affecto Passarás junto de mim, Embora, direi então: «Sê feliz: toda a ambição, Que por ti minh'alma encerra
Tu és a fonte inexhaurivel, pura, onde a minh'alma vae a fé beber, symbolo da crença, de esperanças fóco, livro sagrado que me ensina a crêr. Tu és a gota matinal do orvalho na rubra pet'la de uma flôr louçã, limpido espelho de virtude e graça, estrella d'alva em festival manhã.
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