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E como sempre, levantaram-se todos p'ra partir. Cada um então foi dar-lhe um beijo, e ao apertarem-lhe as mãos adeus Milinho! êle olhou-os desta vez mais devagar, com um olhar que nunca mais lhe viram, em longes de meiguice, de outro mundo, numa névoa de lágrimas contentes. E sorria ao dizer: Adeus, adeus. Tio Eduardo, tia Olívia, adeus, adeus...

Êle tornou mais lento, resignado: Por sua causa, mamã, queria viver ainda que fôsse assim... sempre doente, sem saír do quarto, ao de si, mamã, ao de si... Agora precisas de dormir, de descansar. Fecha os olhos, Milinho, dorme, dorme... Então dê-me as suas mãos. Quero dormir com as minhas mãos nas suas. Dentro em pouco, serenamente, adormeceu.

No emtanto na alcova, o pequenino, alongava os bracitos para a mãe e dizia feliz, como em segrêdo: Que bom, mamã! Que bom estar consigo! Sente-se aqui depressa, mais pertinho... Aqui me tens, Milinho, aqui me tens. E beijava-o na testa longamente. Como eu gosto de si, minha mamã! Quem me dera viver sempre ao de si! Deus há-de-te sarar. Verás, verás...

Fica com êles, Milinho, guarda-os, guarda-os. Mas não são meus, não quero... Assim, não quero... São todos teus, são todos teus, meu filho. Então em roda todos confirmaram a mentira damor que o alegrava.

Adorava-a. Nas tardes de sol, os irmãos brincavam no quintal; chamavam-no, e como êle era o mais pequeno, faziam-lhe mimos, numa grande ternura protectora. Êle não ia, desculpava-se. Preferia ficar junto dela, na varanda de pedra, a vê-la bordar. Não queres brincar, Milinho? Vai, vai brincar com os manos. Êle erguia os seus olhos de veludo: Deixe-me estar ao de si, mamã.

Todas, Milinho, disse a mãe transida. Vergou-se então sôbre elas com esfôrço, como se fôsse p'r