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Como em Portugal nem em Castella havia todos os materiaes para fazer navios, em taõ grande numero, para navegar para os novos mundos, os compravaõ em Genova e no Norte: como naõ tinhaõ fabricas, nem para todo o vestido, nem para o luxo, compravaõ estas mercancias em Flandres, em França, Inglaterra e Allemanha, e taõbem em Veneza e Florença, Reynos que estavaõ ja com mais artes e fabricas do que nos tinhamos e os Castelhanos.

Quis assim dar a entender que os alimentos em Portugal servem de dinheyro, e que naõ saõ mercancia: quis mostrar que naõ poderá subsistir jamais o Estado Civil em quanto nelle naõ estiver em vigor aquella Ley, que se fassa comercio com os alimentos, como se faz com os panos, com as baetas, e outras mercancias; porque as Leis das nossas Ordenaçoens, e o errado das nossas Alfandegas, saõ a cauza d'estas desordens.

Uns nasciam para mandar e outros para obedecer, dizia-se então; e todos para se banharem e deleitarem em um mar de infinita sordidez, cuja navegação o socialismo organizava com inexcedivel engenho e superior segurança para um alto e ponderado comércio de carregações de prosperidades, regalos, comodidades e mercâncias.

Lisboa e Sevilha vieraõ as feiras de todo o mundo; ali se trocavaõ as mercancias da Europa, pelas riquezas do Oriente e da America, como em Portugal naõ havia fabricas sufficientes, passavam de maõ em maõ aquelles thesouros até irem parar na maõ de quem trabalhou, o que passava a India, o que succedia igualmente com Castella.

Os Venezianos, Genovezes, Pizanos, e Catalães iam buscar as mercancias indiaticas ao Egypto, á Syria, á Constantinopla, ao mar Negro, onde ellas chegavam em caravanas, provenientes pelo golpho Persico e pelo mar Vermelho; percorriam o Mediterraneo, dobravam as costas de Portugal e Hespanha, dirigiam-se á França, Inglaterra, Allemanha e até á Moscovia.