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Quando chegaua a frota aaquella parte, Onde o Reino Melinde ja ſe via, De toldos adornada, & leda de arte Que bem moſtra eſtimar o Sancto dia: Treme a Bandeira, voa o Eſtandarte, A cor porpurea ao longe aparecia. Soão os atambores & pandeiros, E aſsi entrauão ledos & guerreiros.

Levavam seis padrões de pedra lioz com o brazão portuguez e a esphera armillar, que o rei adoptara por emblema, esculpidos. Um havia de ser collocado na bahia de S. Braz, outro na foz do Zambeze, outro em Moçambique, outro em Melinde, outro em Calecut, outro na ilha de Santa Maria.

58 Consigo a Fama leva, por que diga Do Lusitano o preço grande e raro, Que o nome ilustre a um certo amor obriga E faz, a quem o tem, amado e caro. Desta arte vai fazendo a gente amiga, Co rumor famosíssimo, e perclaro. Melinde em desejos arde todo De ver da gente forte o gesto e modo.

96 "Nesta remota terra um filho teu Nas armas contra os Turcos será claro; Há-de ser Dom Cristóvão o nome seu; Mas contra o fim fatal não reparo. a costa do mar, onde te deu Melinde hospício gasalhoso e caro; O Rapto rio nota, que o romance Da terra chama Obi; entra em Quilmance.

E como o Gama muito deſejaſſe, Piloto pera a India que buſcaua, Cuidou que entre eſtes Mouros o tomaſſe: Mas não lhe ſoccedeo como cuidaua, Que nenhum delles ha que lhe inſinaſſe A que parte dos Ceos a India eſtaua. Porem dezem lhe todos, que tem perto, Melinde onde ach

Não lhe saíam da memoria as torpes insidias de Mombaça, mas, como era urgente a necessidade, partio para Melinde, onde chegou domingo de Paschoa. Foi amigavelmente recebido pelo rei, e deparou-lhe a sorte um piloto guzarate, Malemo Cana, que o conduziu a Calecut, onde surgio a 20 de maio.

70 E como o Gama muito desejasse Piloto para a Índia que buscava, Cuidou que entre estes Mouros o tomasse; Mas não lhe sucedeu como cuidava, Que nenhum deles que lhe ensinasse A que parte dos céus a Índia estava; Porém dizem-lhe todos, que tem perto Melinde, onde achará piloto certo.

Ia pelo ar o Cylenêo voaua, Com as aſas nos pês aa terra deçe, Sua vara fatal na mão leuaua, Com que os olhos canſados adormece: Com eſta, as triſtes almas reuocaua, Do Inferno, & o vento lhe obedeçe. Na cabeça o galêro coſtumado, E deſta arte a Melinde foy chegado.

94 Um batel grande e largo, que toldado Vinha de sedas de diversas cores, Traz o Rei de Melinde, acompanhado De nobres e seu Reino e de senhores: Vem de ricos vestidos adornado, Segundo seus costumes e primores; Na cabeça uma fota guarnecida De ouro, e de seda e de algodão tecida.

A poucas leguas de distancia apresou um zambuco tripulado por dezoito pessoas, que disseram existir não longe uma cidade, Melinde, em que facilmente se encontraria o piloto desejado. Não obstante o que a gente do zambuco referia sobre a natural bondade do rei de Melinde, o Gama receiava submetter-se a nova experiencia.

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