United States or Mauritius ? Vote for the TOP Country of the Week !


Será; mas foi isto o que se me repetiu fóra do convento. Casualmente me encontrei n'uma casa onde se fallava no grande roubo feito pelos francezes a um tal Meirelles, rico negociante do Porto, que ficara pobre. Alguem disse que esse Meirelles era o pae de uma noviça creança, que tinha acabado o tempo do noviciado, e se chamava Carlota Angela.

Mendonça despediu-se de Carlota Angela, que chorava, e de Norberto de Meirelles, que limpava com o canhão da japona de cotim o suor da brunida testa. D. Rosalia faltara a este conflicto, porque, atarefada na cozinha com a liquidação dos legumes vendidos na manhã d'aquelle dia, não dera de entrar Mendonça. Carlota Angela, apenas sósinha com seu pae, voltou-lhes as costas, e saiu da sala.

Norberto de Meirelles tinha os braços; não era a grossura do pulso, nem a pujança carnosa do ante-braço; era uma espessa camada de buço, lanugem, ou cabello, que a frenetica menina cerceava desde os quatorze annos, á tesoura, porque as amigas e parentas a aperreavam, chamando-lhe «pelluda».

Cuidado com isso, que estão ahi alguns contos de réis, e eu fiz responsavel a minha honra á entrega d'estes caixões, logo que o meu amigo volte com o favor de uma amnistia, que trato de lhe alcançar do meu particularissimo amigo duque de Abrantes. E que me diz o doutor a respeito do snr. Junot? disse Norberto de Meirelles Pelos modos, ouvi dizer que elle está despachado rei de Portugal!

Assim como nós não sabemos que responder de repente ao atheismo de Norberto de Meirelles, Carlota Angela não se nos avantajava em promptidão de dialectica theologica, do que resultou sair o pae duas ou tres vezes, da grade incredulo como entrara.

Até aqui a historia, sr. presidente; d'aqui em diante o sr. dr. Liborio de Meirelles, o moço poeta, que foi a França, e achou desmentidos Xenophonte e Thucidydes, Livio e Tacito, Plutarcho e Flavio.

No dia 26, que era domingo de Paschoela, foi erguido um altar em terra e ahi celebrada a primeira missa no Brazil, acontecimento este que Victor Meirelles celebrisou e commemorou n'um magnifico quadro, o melhor e o mais commovente que o seu pincel produziu. A essa missa assistiu o gentio que dansou e cantou após a cerimonia, fraternisando com os portuguezes.

Eu conheço Norberto de Meirelles, sou negociante como elle, e sei todos os passos da sua vida. Soube que v. s.ª lhe pedira a filha em casamento; soube que lh'a prometteu, para evitar que ella saísse judicialmente; e tambem soube que elle roeu a corda, como costuma em muitos outros contractos, quando o doutor Sampayo lhe participou de Lisboa que v. s.ª era mandado para aqui.

Ponto está que o mano encarregue o serviço de enterrar os caixões a pessoa fiel, que não denuncie o escondedouro. Não me fio em ninguem, cunhado. Quem ha de enterrar esse todo-nada de dinheiro que por ahi está, e mais os caixotes de prata, hei de ser eu, se Deus quizer. Assentiram n'isto, e, logo no dia immediato, Norberto de Meirelles pôz mãos á obra, com o auxilio de sua mulher e cunhado.

Norberto de Meirelles e sua mulher D. Rosalia Sampayo, ricos proprietarios, moradores, em 1806, na rua das Taipas, da cidade do Porto, viam crescer prodigiosamente os seus cabedaes, e, com elles, uma filha unica, tão encantadora para os paes como a riqueza com que a iam enfeitando para seduzir o mais medrado capitalista da terra. Tolerem-me a singeleza com que se começa a narrativa.

Palavra Do Dia

sentar-nos

Outros Procurando