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Fôra o caso que á tarde o rapasio, As lides de Mavorte simulando, Em panellas ferira som bravio, A berrar pela estrada pelejando. A tal bulha sentiram calefrio Os valentes, e foram-se safando; E assim com este logro se destroça O meeting, e soffrendo cruel troça.

Ali se mostrará seu preço e sorte, Feitos de armas grandíssimos fazendo. Invejoso vereis o grão Mavorte Do peito Lusitano fero e horrendo: Do Mouro ali verão que a voz extrema Do falso Mahamede ao Céu blasfema. 51 "Goa vereis aos Mouros ser tomada, A qual virá depois a ser senhora De todo o Oriente, e sublimada Co'os triunfos da gente vencedora.

Os pobres de espirito como eu poderiam errar, depositando uma oblata christã sobre as aras ensanguentadas de Mavorte: os sanctos innocentes da eschola de Coimbra poderiam ignorar as noções mais vulgares do bem e do mal, a mais simples regra de honestidade, o mais ostensivo principio de moral practica e de moral christã; mas a intelligencia, o genio, o talento, a philosophia, a historia, a luz, a vista de aguia, não, não, e não podiam ver a infamia, onde mora a virtude, o ultramontanismo, onde mora a liberdade, a reacção, onde repousa a inercia, o templario politico, onde se aninha a pomba innocente e immaculada, de olhar azul e candido, magico, sereno, celestial, divino.

Mãi de Chefes Heróes, de Heróes soldados A Gallia herdou de Roma o genio, a sorte; Seus filhos no igneo jogo da Mavorte Virão Marcios Leões tremer curvados. Mas alta Lei dos Penetraes Sagrados Baixou, que o fatal impeto reporte: Fervendo em raios no Oceano a morte, Te obedece, ó Britania, ao mando, aos Fados.

Era, porém, quasi ridiculo o enthusiasmo antigo da filha de S. Bento, declamando com teatral gesticulação a farfalhuda estrophe: Cem paráos torveados D'onde por bocas mil brota Mavorte Entre horrorosos brados, Em fogo, em fumo, em sangue envolta a morte, Zargunchos, frechas, que em choveiros vôam; Elephantas bramindo a terra atrôam; Neptuno da batalha ao som horrendo No fundo mar se espanta;

Vulcano féro Ante Mavorte O rival forte Não póde olhar. Dos desprezados, Que soffrem tanto, O rouco pranto Feria o ar. Aqui jaz Delio Terno, e vencido. Sem de Cupido Premio alcançar: Que Dafne esquiva, Com triste agouro, Em verde louro Vio transformar. Pan segue a Nynfa, Que tanto adora; Seu fado chora Vendo-a mudar. De tenras cannas Amor lhe manda, Que a frauta branda fabricar.

Debaixo desta pedra está metido, Das sanguinosas armas descansado, O Capitão illustre e assinalado Dom Fernando de Castro esclarecido. Este por todo o Oriente tão temido, Este da propria inveja tão cantado, Este, em fim, raio de Mavorte irado, Aqui está agora em terra convertido. Alegra-te, ó guerreira Lusitania, Por est'outro Viriato que criaste, E chora a perda sua eternamente.

41 Como isto disse, o Padre poderoso, A cabeça inclinando, consentiu No que disse Mavorte valeroso, E néctar sobre todos esparziu. Pelo caminho Lácteo glorioso Logo cada um dos Deuses se partiu, Fazendo seus reais acatamentos, Para os determinados aposentos.

89 "E se tantos troféus do Mahometa Alevantando vai, também do forte Lionês não consente estar quieta A terra, usada aos casos de Mavorte, Até que na cerviz seu jugo meta Da soberba Tui, que a mesma sorte Viu ter a muitas vilas suas vizinhas, Que, por armas, tu, Sancho, humildes tinhas.

o Rei tem preso e a vila descercada: Ilustre feito, digno de Mavorte! Vê-lo vai pintado nesta armada, No mar também aos Mouros dando a morto, Tomando-lhe as galés, levando a glória Da primeira marítima vitória.

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