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Mataste a tradição, o dogma, o privilegio, Assobiaste a rir a de nossos paes, E andaste pelo azul, hediondo sacrilegio! A correr á pedrada os deuses immortaes. Empunhando o alvião terrivel da verdade Tu minaste, Voltaire, infatigavelmente O alicerce de bronze

Agora, com meu dano, Vêdes, para mor mágoa, claramente, Neste bem fugitivo e somno leve, Que mal não ha mais longo, que hum bem breve. Ditoso Endymião que a deosa chara, Que a noite vai guiando, Teve em braços sonhando! Ah quem de sonho tal nunca acordára! Tu , Aurora avara, Quando os olhos feriste, Me mataste cruel d'inveja pura.

Não o entendo. Pois quem to faz levar? Quem o entendia. Seu corpo quem o goza? A terra fria. Como ficou sua luz? Anoitecendo. Lusitania que diz? Fica dizendo... Que diz? Não mereci a grã Maria. Mataste a quem a vio? Ja morto estava. Que discorre o Amor? Fallar não ousa. E quem o faz callar? Minha vontade. Na Corte que ficou? Saudade brava. Que fica que ver? Nenhuma cousa. Que gloria lhe faltou?

Á traição... que d'outro modo Não es homem para tal. «Mataste o mais bello moiro, Mais gentil, mais para amar Que entre moiros e christãos Nunca mais não terá par. «Perguntas-me porque choro!.. Traidor rei, que heide eu chorar? Que o não tenho nos meus braços, Que a teu poder vim parar. «Perguntaste-me o que miro!.. Traidor rei, que heide eu mirar?

Um dos soldados; de olhar scintillante e fartos bigodes retorcidos, chasqueava na sua lingua natal com uma das vivandeiras que se lhe queria escapar dos braços: Oh! Por Deus, que era bem mais bonita do que tu! Quem? perguntou d'esguelha a vivandeira. A portugueza que me resistiu. E que tu mataste? E que eu matei para que não deixasse de resistir a outro. A pobre rapariga!

Passados alguns segundos, fiz-lhe esta vulgarissima pergunta: Como as mataste tu? Despedaçando-as uma contra a outra. Póde ser que o leitor esteja sorrindo; saiba, porém, que o tremor d'aquellas palavras vibrava tanto do seio do afflicto moço que uns calefrios me correram a espinha, e o turvamento das lagrimas me embaciou a vista. Situações analogas terá experimentado o leitor no theatro.

A aia disse-me que a senhora morre. Todos os homens assignalados por talento e encargos publicos procuraram o preso. No primeiro dia, Venceslau, sem força para reagir, recebeu-os. A visita era silenciosa, funeral, como a dos que vão desanojar um viuvo extremoso. O encarcerado apenas chorou nos braços de um homem que lhe disse: «Dou-te os parabens, porque a não mataste.

O pranto que a amima, Cahiu-lhe de cima Para cahir na terra, Para cahir no chão! A perola que encerra A flôr, é sua? Não! Tu mataste a sêde, Mata-me a sêde a mim! Se em nuvem piedosa Te refrescaste, rosa! Tambem em ti eu hei de Refrigerar-me!... sim! Tu mataste a sêde, Mata-me a sêde a mim!

Enroscaste-te á minha mocidade, mataste aquella creatura divina, mataste a minha alegria, empeçonhaste o coração de tua filha, e estás agora minando-me a sepultura para esconderes de ti este phantasma de remorsos!... A syncope, em que desfechou a desarrazoada apostrophe, delatava que os receios da loucura não eram de todo panicos. N'aquellas accusações era manifesta a injustiça.

Com a voz internecida Assim lhe foi a fallar: «Que tens, Gaia... minha Gaia? Ora pois! não mais chorar, «Que o feito é feito...» «E bem feitoTornou-lhe ella a soluçar, Rompendo agora n'uns prantos Que parecia estalar: «E bem feito, rei Ramiro! Valente acção! de pasmar! Á lei de bom cavalleiro, Para de um rei se contar! «Á falsa fe o mataste... Quem a vida te quiz dar!

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