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Em momentos assim era difficil apazigual-a; tão violentas gesticulações fazia, que poucos eram os braços para impedir-lhe que se maltratasse. Cães! bradava ella agora, n'aquelle estranho imbroglio linguistico, impossivel de reproduzir aqui e que fazia rir as criadas que a seguravam Cães! Teem-me aqui presa! Querem matar-me á fome! á fome!

Se te fosses, havias de levar-me comtigo, ou havias de matar-me primeiro, desembaraçando-me d'uma vida inutil, tragica na sua dôr recalcada, e ao mesmo tempo burlesca na sua dedicação humilde, nem espirrando como a lama quando a pisam na rua. Tontinho!

Ora, em fim, sublimai vossa victoria, Senhora, com vencer-me e captivar-me: Fazei della no mundo larga historia. Pois, por mais que vos veja atormentar-me, Ja me fico logrando desta gloria De ver que tendes tanta de matar-me. Ditoso seja aquelle que somente Se queixa de amorosas esquivanças; Pois por ellas não perde as esperanças De poder n'algum tempo ser contente.

De maneira que meu marido, quando cuida salvar a sua honra, sacrifica-a, e provoca o escarneo do publico. quaes são as minhas tenções, meu amigo? «Tu não fazes isso, Ludovina! rugiu iracundo o deploravel homem Se fazes tal... Ludovina, se fazes tal... Que se ha-de seguir? «Eu sei!... tu queres matar-me, mulher! mata-me, mas deixa-me a honra, que eu estimo mais que tudo.

Então esse homem jurou matar-me? Tio Vicente! Elle não sabe o que são para mim estas arvores e estas paredes? Elle não sabe que a minha alma está n'ellas, presa a estas raizes? que com ellas se despedaçará? Esse homem sem coração não que são estas as minhas affeições, as unicas? a minha unica familia?

Meu marido fugiu-me para Lisboa, roubando-me a minha filhinha, a luz dos meus olhos, o meu coração, a minha alegria, tudo o que eu tinha n'este mundo. Casaram-me á força, e agora querem á força matar-me. Pois sim, morrerei; mas hade ser aqui, onde vivi os annos felizes da minha infancia, e á sombra de minhas tias, que me não tolheram a felicidade. Não tenho, nem quero ter mais ninguem.

Não podia ainda que quizesse, porque a minha tenção era matar-me e deixar-te viva, para que tu ao menos te lembrasses de mim com pena, quando me não visses n'este mundo. Esse homem ainda não morreu, Ludovina; póde ser que se cure, e eu vou-me ajoelhar aos pés d'elle a pedir-lhe perdão, e, se tu quizeres, pedirei tambem perdão a tua mãe. Não fale n'essa infeliz a ninguem, snr. Dias, a ninguem.

Leu, apavorado, estas palavras sombrias, gravadas numa letra firme: «Nuno: Vou matar-me, em plena consciência, e foi justamente para isso que deixei a tua companhia, a tua afeição, a tua nobre e grande alma. Nem a paz, a consolação imensa do teu lar tam belo, puderam reter-me por mais tempo num mundo em que sou um intruso. Não posso viver mais.

Que vem fazer aqui, mulher? dizia-lhe o Cancella com voz cavada. Eu... Vem acabar de matar-me a filha, serpente? Vem empeçonhar estes ares, onde metteu a tristeza? E, a cada pergunta que fazia, dava para ella um passo e ella recuava outro. Crescia outra vez a impetuosidade nas paixões e nas palavras do Herodes.

E cobria os olhos com as mãos, para não ver a expressão do rosto do Cancella. Querem matar-me a filha bradava elle. Ó meu Deus! pois não é isto um grande peccado? fazer da creança, linda e alegre, que eu deixei aqui, esta desgraçada rapariga, sem côr, sem risos, sem alegria! Não é isto um crime, meu Deus? Não se vos pode amar e servir, Senhor, senão com lagrimas, com penitencias e com tristezas?

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