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Era, em fim, de madrugada, a hora menos escura em que o dia irresoluto nem se esconde, nem se occulta, Quando com bellicas vozes pela destra mão avulsas, pois a eloquencia de Marte não tem lingua, e não é muda, Se ouvem de uma, e outra parte gemer as portas, e ruas, em o concavo dos montes o ar ferido retumba.

36 Mas Marte, que da Deusa sustentava Entre todos as partes em porfia, Ou porque o amor antigo o obrigava, Ou porque a gente forte o merecia, De entre os Deuses em se levantava: Merencório no gesto parecia; O forte escudo ao colo pendurado Deitando para trás, medonho e irado,

Em torno d'ella gravitam oito planetas, que nos primeiros tempos da creação lhe sairam das proprias entranhas. São estes planetas, progredindo do mais proximo até ao mais remoto, Mercurio, Venus, a Terra, Marte, Jupiter, Saturno, Urano e Neptuno.

3 Cessem do sábio Grego e do Troiano As navegações grandes que fizeram; Cale-se de Alexandro e de Trajano A fama das vitórias que tiveram; Que eu canto o peito ilustre Lusitano, A quem Neptuno e Marte obedeceram: Cesse tudo o que a Musa antígua canta, Que outro valor mais alto se alevanta.

Que glorioſas palmas tecer vejo, Com que victoria a fronte lhe coroa, Quando ſem ſombra vaã de medo, ou pejo Toma a ilha illuſtriſsima de Goa: Deſpois, obedecendo ao duro enſejo A deixa, & ocaſião eſpera boa, Com que a torne a tomar, que esforço & arte Vencerão a fortuna, & o proprio Marte.

Em torno o cerca o Reino Neptunino, Cos muros naturais, por outra parte, Pela meyo o diuide o Apinino, Que tam illuſtre fez o patrio Marte: Mas deſpois que o porteiro tem diuino, Perdendo o esforço veio, & bellica arte: Pobre eſt

Naõ penseis todavia, que hum homem como eu, depois de deixar sepultados os enganos, e as mentiras com os despojos da humanidade, que a terra engolio, se atreva a satyrisar muitos Professores Portuguezes, os quaes com as suas obras, e com as suas lições, que os eruditos bem conhecem, ainda hoje servem de honra, e de lustre áquella naçaõ; a qual desde o Reinado do grande D. Diniz, dignissimo neto do nosso D. Affonso Sabio, até ao presente tanto da escola de Minerva, como da escola de Marte, tem offerecido ao mundo heróes taõ prodigiosos, que a fama, tendo cem bocas, apenas os póde contar.

69 Não é o outro que fica tão manhoso; Mas nas mãos vai cair do Lusitano, Sem o rigor de Marte furioso, E sem a fúria horrenda de Vulcano; Que como fosse débil e medroso Da pouca gente o fraco peito humano, Não teve resistência; e se a tivera, Mais dano resistindo recebera.

Mas como este tormento o sinalou, E tanto no seu rosto se mostrasse, Entendendo-o ja bem o pae sisudo, Porque do pensamento lho tirasse, Longe da causa delle o apartou; Porque, emfim, longa ausencia acaba tudo. Oh falso Marte rudo, Das vidas cobiçoso!

Pois me pedes, ó Muza, instantemente, Que emboque a Eroica tuba altisonante, Que a cego Marte impele os peitos fortes; Eu que sem forsas teu carater serio Em versos graves sustentar naõ poso, Revestido da lépida Talia C'o a máscara atrevida, para ensaio

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