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Respeita a sua ultima vontade, como eu fiz...»A marquesa esquecera por completo as recriminações do principio da conversa, esquecera Joanna de Node, não se lembrava mais de ciumes; n'aquelle momento sómente via que era forçoso obstar, por todos os meios, a que o marido proseguisse no inquerito, por isso concluiu por dizer: «Promette-me que tudo acabou, que ficarás por ahi!

Ou então: Seus olhos bellos, d'amor me fazem, bella marqueza, morrer. Ou então: Morrer seus bellos olhos, bella marquesa, d'amor me fazem. Ou então: Me fazem, seus olhos bellos morrer, bella marqueza, d'amor. Mas de todas essas maneiras qual é a melhor? A sua: Bella marqueza, seus bellos olhos fazem-me morrer d'amor! E comtudo não tive estudos, fiz isso logo á primeira! Muitissimo obrigado».

E dito isto que mylady, a srmarquesa, se não esqueça de mandar vir uma boa carroagem Daumont; que mylord, o sr. duque, mande preparar um bom jantar aos seus amigos intimos; e finalmente, que o demi-monde procure Keil, a gloria dos alfaiates lisbonenses, adquirindo assim, em virtude da thesoura, o chic e a pose de quem muito viajou.

Nos intervallos dos exercicios litterarios e dos exercícios religiosos, quando o monge depois de haver feito a sua lição de musica, tomava elle mesmo a rebeca do seu alumno e accordava n'elle os primeiros sentimentos estheticos, tocando por sua mão um nocturno ou um tremolo, era tão viva e tão pungente, sob a vibração do seu arco magistral, a voz do violino, que não o pequeno marquez impallidecia, tocado de uma nova e extranha commoção mysteriosa, mas a propria senhora marquesa chorava, docemente enternecida, subjugada pela expressão penetrante da melodia que o grande artista, humildemente oculto sob a roupeta d'esse frade, espargia em torno de si n'um lento soluço orvalhante de perolas.

Nunca na sua vida teve, ao menos, um ataque nervoso; nunca se irritou contra as diabruras do marquez; nunca teve as cócegas, que ordinariamente nos trazem as comidas apimentadas; nunca experimentou Mabille; nunca dançou um can-can simples, um d'estes can-cans que mesmo em familia se dançam com os pequenos da casa; nunca namorou, marquesa? e nesse culto virginal, não se mexia, não revirava os olhos, não compunha o laço da gravata, não apanhava a prega do vestido, não se assoava, não mudava um gancho do cabello, não tinha sorrisos frisantes, não fingia, não brincava?

A senhora marquesa queixava-se repettidamente com severidade cada vez mais acrimoniosa. Chegou a final uma carta do padre. Explicações evasivas, e rasões debeis, com um perfume fortissimo de patchouli, que era então o cheiro da moda, o cheiro selected, o cheiro v'lan, segundo o termo com que mais tarde o galante rei da Hollanda tinha de enriquecer o vocabulario precioso do cocodettismo.

Abriu-a com o presentimento justificado pela infame carta anonyma, que continha sómente as seguintes palavras, traçadas com a mesma lettra disfarçada: «Um amigo do Conde de Chalinhy convida-o a vigiar o n.º 11 da rua Lacépède. A marquesa de Chalinhy esteve ali ainda hontem ás tres horas da tarde. Com quem?

M.me «de la Tournelle» estava de e encostada á larga tilia, paternal e tranquilla. A velha arvore servia-lhe de abrigo mas não a occultava. Ronquerolle, na sua frente, conservava-se a uma distancia respeitosa. O seu busto, alto e esbelto, dominava o da marquesa. Se vos amo! dizia elle, aproximando-se, e com uma voz em que havia lagrimas. Se vos amo! Fez-se silencio.

A marquesa retraiu-se e quiz escapar-se. Por favor, uma palavra para acabar! disse elle. Onde e quando vos voltarei a ver? A marqueza hesitou, sentia-se embaraçada para responder. N'este momento os cavallos da sua carruagem relinchavam de impacientes; finalmente fugiu a Ronquerolle, dizendo: Aqui, d'hoje a tres dias, ás dez horas da noite.

Palavra Do Dia

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