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«A essa, solucei, num sentimento de magua mortificado com uma pontinha de inconsciente ciume a essa não a esquecerá o Chico, não!... «Mas porque menos a ella do que a si? «Então o Chico não era namorado da Mariquinhas?! perguntei numa ansiedade de dúvida que se deseja não vêr confirmar. «Ó Raquel, não diga isso! Quem lhe meteu na cabeça uma loucura dessas?! perguntou indignado.

A mãe, muito inquieta mas sem o querer mostrar, envolvia-a de carinhos, procurava satisfazer-lhe todos os desejos. Enchia-se de apreensões, e toda a sua alma se enregelava e tremia num pavôr de dôres sentidas a prognosticarem amarguras ainda inéditas. Pobre mãe! Era bem certo que a Mariquinhas lhe daria, e breve, o maior desgosto da sua vida.

licença, camarada? disseram da porta. Era a voz do veterano, rouca da bronchite chronica adquirida nas noites ao relento. Vocemecê por aqui, mestre Jacintho? E mandou-o sentar, no alvoroço de noticias. Como tem passado? Como vae a menina Mariquinhas? Acanhou-se, sob o olhar magano do velho. Não se faça vermelho, senhor Joãosinho. E batendo palmadas nos joelhos: Então logo a uma morgada, hein?

O pai da Mariquinhas parecia viver para tornar felizes as duas criaturas, que eram todo o seu cuidado e amôr. Aposentado do seu logar de lente duma escola superior, passava os dias estudando e lendo no seu gabinete cheio de livros, que lhe invadiam a secretária, que a filha todas as manhãs lhe ia enflorar com lindos ramilhetes que ella mesma cortava e ageitava nas jarras.

E que gostarias tu que eu te offerecesse? Um ramo de flores?... Logo vi que havias de escolher uma coisa que durasse tão pouco como o teu amor. Eu gosto immenso de flores, mas tenho com ellas no amor. São como que o presagio de que tudo acabará de pressa. As flôres duram tão pouco! Um leque, Mariquinhas, um leque?...

Teremos carne fresca, salutares espectaculos a este povo tão offendido, e estou certo que o senhor morgado não deixará de mandar pôr o seu carroção para dar ás festas o prestigio da sua presença, e á menina Mariquinhas, como é de lei, a lição do castigo dos criminosos.

O senhor Antonio, atordoado com a seriedade do negocio, entrou no quarto de sua mulher. Que diabo de homem é este teu primo, ó Mariquinhas? Meu primo!... pois elle esteve ?! Sahiu agora mesmo... O homem parece-me doudo!... Pois que fez elle? O que fez?... Quer que eu jogue a bordoada com elle! Porquê?

ia para quatro anos que ali estava e, relativamente, os últimos dois, desde que conhecera a Mariquinhas, tinham sido de relevado encanto para mim. Não pensava nem queria pensar no que me rodeava, para vêr os meus amigos e com elles viver, mesmo quando ausente. Foi então, quando nós iamos contar dezeseis anos, que a Mariquinhas entrou a adoecer. A toda a hora se sentia mal.

O senhor Antonio José da Silva diz que... Ó Mariquinhas, é melhor dizeres meu marido. Meu marido diz que não quer que eu imite a senhora D. Marcellina. Não quero, é tal e qual o que eu disse. Minha mulher entendeu-me logo. Pois bem, eu não a imitarei; não me levantarei de noite a observar a atmosphera, porque realmente não quero ser martyr da sciencia. D'este modo, está acabada a questão.

E tocava-me nos hombros, para que me inclinasse sobre a face cadaverica da Mariquinhas. Queria fechar os olhos ao ritus de quasi caveira que tinha nos seus dentes descarnados, e cada vez os abria mais, até que a sua imagem me ficou tão profundamente vincada na memoria, que me vem sobre todas, que é superior a todas, ás mais ridentes como ás mais dolorosamente tragicas.

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