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Veja o meu amigo, agora, o que foi fazer! comentou o dr. Marim, voltando-se para Hipólito, a quem acabava de expor a situação com esta nitidez. Que cabeça a sua! Que responsabilidades! Hipólito sorriu ligeiramente, murmurou: Até que ponto nos podem levar os desvarios do amor, doutor, não é assim?

Entre outras de menos porte, avultavam as familias dos condes de Almada, de Sabugal, da Ega, de Peniche, e de Castro Marim; de D. Francisco Xavier de Noronha, dos desembargadores Lucas Seabra da Silva, Manoel Nicolau Esteves Negrão, e Abreu Girão; dos marquezes de Abrantes, Marialva, Penalva e Valença; concorreram alguns bispos e principaes da patriarchal.

D. Leonor vivia com a filha, Maria Cândida, a Candidinha que andava agora nos dezoito anos e ainda engatinhava quando o pai morreu de congestão cerebral. Reunia aos sábados. Iam quase sempre o juiz da comarca e a mulher; o sr. Xavier o Xavier das massas solteirão abastado e artrítico; o dr. Marim e

Quem pôs a cidade ao par de toda a biografia do professor e da irmã foi o Malafaia, o grande bacharel Malafaia, de quem o dr. Marim, médico do partido, dizia: « Êste não se formou: formáram-no...» Conhecia-os de lhe terem sido apresentados anos na Figueira da Foz. Alzira confessou-lhe agora, quando os visitou, que gostava muito da cidade. O quê! sério? Sério.

Esteve assim, sem se mover, sem dizer palavra, por espaço de alguns minutos. Depois arremessou o guardanapo, empurrou a cadeira, pediu o chapéu e a bengala para saír e saíu, deixando a mulher boquiaberta, sem perceber coisa nenhuma. Quando, uma ou duas horas depois, subia as escadas da casa de Hipólito, o dr. Marim ia cabisbaixo, taciturno, como se uma grande dôr o tivesse trespassado mortalmente.

E de Callez se foi a Crasto Marim, onde chegou quarta feira sete dias de Fevereiro do anno de mil e quatrocentos cincoenta e tres, onde estava o Infante D. Anrique, que no rostro e alegres mostranças com que logo recebeu o Infante seu sobrinho e filho, e nas festas e avondanças com que o tratou e os que com elle vinham, pareceu mui claro o grande e verdadeiro amor que lhe tinha, e alli esteve o Infante D. Fernando oito dias, nos quaes mandou fazer de vestir asi e a todolos senhores e fidalgos que com elle vinham, de muitos pannos de sêda e de que em Callez para isso mandou comprar.

E D. Duarte e esses senhores e fidalgos que com elle eram, não fartos de muita honra e louvor que tinham ganhado, escreveram ao Marim apresentando-lhe com palavras assaz cortezes quão covardamente elle e seu Rei se tinham havido n'aquelle cerco, do qual não se deviam assi partir com tanto seu abatimento e deshonra, pedindo-lhe que avergonhados disto tornassem renovar os combates, para que ficavam alimpando as armas, que no sangue dos seus tinham todas sujas.

E depois d'El-Rei e o Marim terem seu conselho, acordaram por muitas razões boas que apontaram, que o cerco por então se alevantasse, com voto de o tornar a poer dobrado para o verão que logo vinha, como fizeram e se dirá.

Não foi El-Rei de sua partida sabedor salvo no outro dia, com que foi muito anojado, e mandou logo muitos fidalgos por todalas partes, avisados que por qualquer caminho que levasse o seguissem; e porque o Infante ao partir d'Evora por enlear os que o seguissem, pôs o rostro em Moura com mostrança d'entrar em Castella, El-Rei que d'isso foi avisado, partiu logo para Mourão e d'hi porque não achou certo recado, partio pelo rio d'Odiana abaixo sem algum repouso até que chegou a Crasto Marim onde soube que o Infante embarcara, e d'hi apressado se foi a Tavilla.

O qual escripto enviado a Luis Alvarez com outro virotão, cahiu no arraial dos mouros, entre quem não falleceu quem lh'o logo leu e interpretou inteiramente, de que elles ficaram mui alegres, e tendo sobr'isso seu conselho, acordaram ser bem d'El-Rei de Fez, por seu Marim requerer a D. Duarte que se desse e lhe entregasse a villa, para que lhe mandou uma carta, e dentro della a outra que tomaram, e dizia n'estas maneira: «Porque eu sei tua puridade, mais por modo de compaixão que de necessidade que tenha, conhecendo de ti que és bom christão e esforçado cavalleiro, filho do outro bom velho de Ceuta, defenda-te Deus e te mostre o caminho da verdade por melhor e mais direito, se te quizeres poer em nossas mãos com algum honesto trato farás cousa a ti proveitosa, e a esses que hi tens mais que a nós; porque a ti e a elles guardaremos de mal, e vos faremos o que o vosso Rei fez aos nossos mouros, que estavam n'essas casas em que tu agora estás.