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Afaz-se á ingratidão dos filhos? interrompeu o artista. Ingratidão! Não é ingratidão! As meninas casaram com o teu consentimento: não foram ingratas. Sairam sem verter uma lagrima. Pois que queres tu? O Evangelho não diz: «deixarás pae e mãe»? Deixaram pae e mãe por seus maridos.

A filha do emir de Sevilha não podia ser mulher de Affonso VI, então casado com a rainha D. Constança, mas o amor de pae para com o infante, seu unico filho varão, inspirava receios aos maridos das duas princezas Urraca e Tareja.

Penso que sim... E de que serve?!... Este amor que o pae nos tem, é uma prisão! Todas as meninas da nossa idade tão felizes!... e a gente n'esta melancholia, a dominar as inclinações... para o não desgostar! Os outros paes não se importam. A gente tanta gente alegre com seus maridos! pois não ? Pois sim; mas tu que queres, Paulina? O pae não nos deixa casar...

Este santo bispo apresentou-se-lhe em visão, com D. Theodora Figueirôa ao lado, e disse-lhe as palavras do capitulo XLV dos Dialogos: «Em a lei de Christo a fidelidade que deve a mulher ao marido, essa mesma deve o marido á mulher; e, se as leis civis dão mais poder aos maridos que ás mulheres, não é para as offender e maltratar, nem para um ter mór jurisdição sobre si que o outro

Tenho perguntado a mim mesmo, que differença existe entre mim e os outros homens, porque é que elles andam pelo gremio, pelos cafés, pelos theatros, alguns pelas salas, e porque estou eu tanto em casa, finda que seja a minha tarefa diaria? Serei melhor do que os outros maridos? Não; ella é que é melhor do que as outras mulheres.

Pelo menos, quando não seja isso disse o commendador o casar devia fazer-lhe bem... Se a mulher fosse d'estas que ás vezes apparecem na vida de um homem como um flagello, que com tudo embirram e com coisa alguma se satisfazem quando estão a sós com os maridos, elle buscaria a convivencia da sociedade como um refugio contra as impertinencias da esposa!

Partir sem apertar a mão a minha mulher, sem lhe dizer adeus? Não, senhor Ernesto. Julga porventura que sou um d'esses maridos zelosos e ridiculos que desconfiam da mulher a quem deram o nome? Julga-me capaz de lhe fazer a offensa de duvidar de si, o homem mais generoso que conheço, o melhor dos meus amigos? Não.

Talvez que o primeiro pensamento de Gabriella se podésse realisar com uma variante. Mauricio não era Jorge. O caracter voluvel e inconstante do filho mais novo de D. Luiz não o garantia como um modêlo de maridos. Mas a baroneza, segundo elle proprio dissera ao primo, não era d'estas mulheres exigentes que zelam a posse de todos os pensamentos e de todos os instantes do homem que amam.

Quando as virgens indianas se lançavam nos tumulos dos maridos, ou nas fogueiras legalmente accesas, as lagrimas, vencendo a coragem da superstição religiosa, desciam nas faces de uma familia, que seria injuriada se não cedesse em holocausto a desgraçada viuva. Os gritos d'esta eram os gritos da consciencia contra a lei barbara; eram a adivinhação da verdade denunciada pelo filho de Deus.

Sim, porque no fim de contas, não são os pobres maridos que mais desejam figurar nos bailes e nos saraus, e que de boa vontade sacrificam a commoda poltrona em que podiam dormir a sesta, o bom e saboroso jantarinho que podiam comer, o livro util e proveitoso que comprariam, para gastarem esse dinheiro n'uma toilette falsamente luxuosa, n'uma soirée ridiculamente burgueza, n'um jantar de ceremonia cujos acepipes, na opinião do conviva mais guloso, seriam dignos de figurarem n'um banquete de theatro com pratos de... papelão.