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O Margaride encommendou o chá e vendo-me olhar com inquietação os ponteiros do relogio, affirmou-me que eu chegaria a casa ainda a horas de fazer a minha tocante devoção com a titi. A titi agora, disse eu, não se importa que eu esteja até mais tarde... A titi agora louvado seja Deus, tem mais confiança em mim.

Upa? Nem o bom Pinheiro, nem a titi comprehendiam o que houvesse de superior a Roma pontifical! O dr. Margaride então ergueu solemnemente as sobrancelhas, densas e negras como ebano. Ia á Terra Santa, D. Patrocinio! Ia á Palestina, minha senhora! Ia vêr Jerusalem e o Jordão!

Poesias posthumas de F. Xavier de Novaes. Nas trevas. Sonetos sentimentaes e humoristicos. Lisboa 1890, 1 vol. No Bom Jesus do Monte. Porto 1864. 1 vol Noites de insomnia. Publicação mensal. Porto 1874. 12 vols.: 1.° Proemio. Consolação a Santos Nazareth. As ostras. Rehabilitação do snr. visconde de Margaride. A rival de Brites de Almeida. Egas Moniz. Dous poetas ineditos do Porto.

Não acreditava que o Pontifice dormisse sobre palhas. Viajantes esclarecidos afiançavam-lhe até que o Santo Padre, querendo, podia ter carruagem. Não é tudo; está longe de ser tudo o que compete a quem usa a tiára; mas uma carruagem, minha senhora, é uma grandissima commodidade... Margaride. Diga a sua, dr. Margaride, diga a sua! clamaram todos, com affecto. Elle sorria, grave.

E você merece-o... Faz-lhe a vontade, é sisudo... Ella pouco a pouco tem-lhe ganho amizade, segundo me diz o Casimiro... Então lembrei-me da velha affeição que ligava o dr. Margaride ao padre Casimiro, procurador da tia Patrocinio e seu zeloso confessor. E, arrebatando a opportunidade, dei um leve suspiro, abri o meu coração ao magistrado, largamente, como a um pai.

Margaride, abespinhado, franziu as sobrancelhas temerosas e mais negras que o ebano: Ninguem n'esta sala, melhor que eu, snr. padre Negrão, saboreia o grandioso! E a titi, insaciavel, batendo com o leque: Está bem, está bem... Conta, filho, não te fartes! Olha, conta assim uma coisa que te acontecesse com Nosso Senhor, que nos faça ternura... Todos emmudeceram, reverentes.

Margaride, commovido, agasalhava o pescoço no seu lenço de sêda. Então, antes dos abraços, perguntei aos meus leaes amigos que «lembrançasinha» desejavam d'essas terras remotas onde vivera o Senhor. Padre Pinheiro queria um frasquinho d'agua do Jordão. O dr. Margaride contentava-se com uma boa photographia do sepulchro de Jesus Christo, para encaxilhar...

Margaride porém pousára o talher, insistia. Não lhe parecia um desapego de Deus, nem uma ingratidão com a titi, que eu, intelligente, saudavel, bom cavalleiro e bacharel, nutrisse uma honesta cubiça... Nutro! exclamei então decidido como aquelle que arremessa um dardo. Nutro, dr. Margaride. Gostava muito de vêr Paris. Cruzes! gritou a snr.^a D. Patrocinio, horrorisada. Ir a Paris!...

Um guarda da alfandega levava-lhe o violão; e emquanto o commendador e outro amigo da casa, o Margaride, doutor delegado, se embebiam n'uma partida de gamão, e D. Maria do Patrocinio rezava em cima o terço o papá, na varanda, ao lado de D. Rosa, defronte da lua, redonda e branca sobre o rio, fazia gemer no silencio os bordões e dizia as tristezas do conde Ordonho.

Em fins de Setembro, foi Jorge Coelho, na companhia de Leonardo Pires, á Foz. D. Marianna contrariára-lhe o desejo, até áquelle dia, por saber que a ventoinha de Margaride estava, desafiando, com as suas evoluções amorosas, a irrisão da gente frivola e a indignação das pessoas sérias.

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