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Redarguiu de prompto o malsim das reaes progenituras que o snr. D. Miguel podia ser menos fecundo que seus avós, sem ser mais casto que D. Diniz; e acrescentou que affirmava a existencia de filhos do principe proscripto, e me desculpava da ignorancia por eu ser da provincia, e desconhecer as entranhas tuberculosas da côrte.

Mas apezar dos accessos de valor, que lhe notámos, era malsim na alma e nos ossos, e a curiosidade prevaleceu. Antes de fugir quiz verificar de novo se os outros podiam fugir. A tremer pegou em uma véla e abriu as cortinas da cama de Paulo de Azevedo. Recuou pasmado. Estava vasia! Correu ao quarto immediato de Leonor; achou-o deserto!

Antonio Simões da Aramanha deu-lhe o gosto de entrar dias depois sob seus auspicios na cadeia de Santarem, quasi arrependido da soltura de lingua, com que tinha lançado em rosto ao perseguidor as lagrimas e a ruina das familias, e os crimes contra a patria. O fazendeiro, todavia, não gemeu nos ferros de el-rei, como se dizia então, sem jurar pelas costellas ao malsim.

«O homem, um dia, traduziu Balzac. Dizia elle que ia traduzir novellas para que o publico soubesse onde os romancistas portuguezes ceifavam, a furto, as suas messes. Era contra mim que o doutor desempolgava a flecha. Ai do Balzac, se o avaliaram na injuriosa versão do meu malsim! «Eu tinha então oitenta volumes com o meu nome, oitenta provocações atiradas á cara juvenil do prodigio.

O morgado de Penin e outro cavalheiro apartaram-se então um pouco. Quiz o acaso que fosse para o lado, justamente, em que o virtuoso Gaspar se occultava; e o terror do malsim subiu tal ponto, que esteve um instante para o trahir!

O sargento sabia?... replicou o outro alçando o cajado. Jesus!... Não me mate! Sabia ou não?... Sabia!... rosnou o malsim quasi sem sentidos de terror. Quanto te prometteu... pelo tiro? Conheço-te. Tu de graça não o disparavas. Agora isso não! Póde matar-me, mas não confesso. Eu matar-te?... Para que? O carrasco não come pão de graça. Então entrega-me?!... Com anginhos nos dedos e ferros aos pés.

Foi o primeiro. Bem! Agora nós! atalhou o moleiro. O que vinhas tu aqui cheirar ante-hontem? Se disseres a verdade não te toco. Eu!... Eu!... Tu sim! Vinha ver... se havia gente de fóra por !... redarguiu o malsim contido pelo olhar firme de Antonio, e estorcendo-se como se lhe estivessem dando tratos. Ora graças a Deus! confessas!... Vinhas então como espia! Está bom. Outra pergunta.

E as feições repulsivas do malsim exprimiam por tal modo o medo e o espanto, e revelavam uma resolução tão decidida de se expor a tudo para não obedecer, que Manuel Coutinho disse algumas palavras ao ouvido de Antonio da Cruz. Pois bem, esperarás por nós. Ahi te deixo agua e brôa. Mas sentido! Olha que te quero encontrar á volta!... Forte homem! Ter pavor assim de almas do outro mundo!...

Se a fazer versos do lago infando O diabo sahisse em tons diversos, Taes como os teus faria, impio, e nefando. Por isso não os tenhas por perversos, Aos que pulhas te dizem, porque em fim, Não ha cousa peor do que maus versos. Antes mais vale ser villão ruim, Frade apostata em casa das mancebas, Do que ser mau poeta, antes malsim.

A isto se reduziu da sua parte a oração funebre do desgraçado malsim! O povo commentou, como costuma, o successo, repartiram-se os votos sobre a causa e os auctores da execução, porém nem um dos patriarchas da aldeia se lembrou de boquejar no Antonio da Cruz.

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