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As maldicções do odio mais profundo param á beira do tumulo. A maldicção popular, essa é que não parou ahi. Soterraram por meio corpo o cadaver e cuspiram naquellas faces lividas aonde não podia subir do coração o rubor, e que os olhos cerrados não podiam mundificar com lagrymas.

Muitos arrependimentos tardios se haveriam poupado: muitas maldicções teriam deixado de cair sobre as cinzas de homens eminentes; muitas mais memorias virtuosas achariam os povos no thesouro das suas recordações, e muito menos bétas negras sulcariam as paginas dos annaes do género-humano.

Vistes vós criminoso, que hão lançado Seus juizes nos trances da agonia, Em oratorio estreito, onde não entra Suavissima luz do claro dia; Diante a cruz, ao lado o sacerdote, O cadafalso, o crime, o algoz na mente, O povo tumultuando, o extremo arranco, E céu, e inferno, e as maldicções da gente?

Por quantas maldicções e infernos adornam o stylo d'um verdadeiro escriptor romantico, digam-me, digam-me: onde estão os arvoredos fechados, os sitios medonhos d'esta espessura.

São ossos vís, que não resguarda O sussurrar da gloria; Herdeiros das maldicções das gentes, Das maldicções da historia: São os restos dos homens, que luctaram, Valentes no seu crime, Contra nós, contra a mão da Providencia, Que os maus derruba e opprime. Mas quem porá padrão que aos evos conte, Seus feitos derradeiros!

Torvo o oceano vae! Qual dobre soa Fragor da tempestade; Psalmo de mortos, que retumba ao longe; Grito da eternidade!.... Pensamento infernal! Fugir cobarde Ante o destino iroso? Lançar-me, involto em maldicções celestes, No abysmo tormentoso? Nunca! Deus poz-me aqui para apurar-me Nas lagrymas da terra; Guardarei minha estancia attribulada, Com meu desejo em guerra.

O constellado azul dir-se-ía um sanctuario! Havia aquelle albergue apenas solitario, E frio o pobre lar! E o rude agonisante, o triste moribundo Que em breve ía partir; abandonar o mundo; Os seus deixando sós, na terra, sem ninguem, Talvez ao presentir o fim da insana lida Soltasse maldicções, ainda, contra a vida E contra nós tambem!

E eu comparei o solitario obscuro Ao inquieto filho das cidades: Comparei o deserto silencioso Ao perpetuo rui­do que sussurra Pelos palacios do abastado e nobre, Pelos paços dos reis; e condoí-me Do cortezão suberbo, que cura De honras, haveres, gloria, que se compram Com maldicções e perennal remorso. Gloria! A sua qual é?

Pelas ondas azues correndo afoutos, As praias demandámos Do velho Portugal, e o balsão negro Da guerra despregámos; De guerra em que era infamia o ser piedoso, Nobreza o ser cruel, E em que o golpe mortal descia involto Das maldicções no fel.

Nas veigas, o arado ficava esquecido no meio do sulco, e no prado e no monte os novilhos mugiam debalde pelo seu guardador: Porque os mancebos eram levados a combater em paizes remotos, para sustentar a tyrannia de seus senhores, e, novo genero de ludibrio, tambem oppressos, quinhoavam as maldicções lançadas sobre os oppressores da sua patria.

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