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Depois dois caminhos direitos, onde branquejavam estatuas, cantavam repuxos esguios que no alto se abriam, como lirios de cristal perpetuamente a florir e a quebrar n'um ruido claro. Onde ha maias? perguntou André. Não sabes?

A marqueza trazia nas mãos, ainda molhadas da rega, um molho de grandes orchideas d'um azul doente, listrado de esverdinhadas veias como feridas a apodrecer. E estas orchideas, onde as hei de pôr? Aqui não! Para o mez de Maria, para a festa de maio, orchideas não. Ponha-as no gabinete do papá, junto das estampas de Goya... Aqui não! Tens razão, annuiu o marquez. Antes tragam maias...

Apesar de todas as providencias e cautelas, ainda receiavam os judeus que lhes escapasse o menino e por isso se informaram logo da sua morada que tinha á porta um ramo de maias como signal, mas, ao romper do sol do 1.º de maio, todas as casas appareceram milagrosamente com os mesmos ramos á porta.

Em grandes placas floresciam as maias e, no inverno, violetas de Parma, d'um lilaz moribundo. Por toda a parte flores, estendendo-se pela terra, ou subindo e perfumando. E as aguas cantavam, cristallinas, corriam, iam beijar nos regos abertos folhas viridentes. Era a Quinta Alegre, o jardim magico.

As janeiras e maias duraram até os nossos dias e ainda no Minho se chamam maias as flores da giesteira amarella, com que se adornam as janellas no primeiro de maio; alem d'isso todos os que hoje vivemos nos lembramos de ver em Lisboa os maios pequeninos passearem as ruas cubertos de flores, bem como de ouvir cantar as janeiras, o que ainda dura em muitas partes das nossas provincias.

Com aquillo se fadam a terra e a casa: a terra, para que linho comprido e sedoso; a casa, para que se guarde e mantenha próspera. ¿Quem não n'estas maias outra degenerada herança dos nossos antigos senhoreadores?

«Outrosim estabelecem que d'aqui em diante nesta cidade e em seu termo não se cantem janeiras nem maias, nem a outro nenhum mês do anno, nem se lance cal ás portas sob titulo de janeiro, nem se furtem aguas, nem se lancem sortes...»

Ás vezes as suas mãos encontravam-se, apertavam-as e riam-se. Não são maias... são os meus dedos. E continuavam, corados, a marqueza curvada, a cabeça d'um loiro quente quasi entre as maias. Estou cançada. Estou cançada! Que lindo quadro. Todo de flores! Espera, vou enfeitar-te. E André coroou-a de maias, toda a sua cabeça ficou florida.

Abilio de Magalhães Brandão descreve-nos assim a poetica lenda das maias: «Houve antigamente um rei chamado Herodes que ao saber que tinha nascido, em Belem, um menino, a que o povo, por toda a parte, chamava o rei dos Judeus, tão furioso ficou que ordenou immediatamente aos seus soldados que degolassem todas as creanças menores de dous annos, que encontrassem em Belem.

Hei de mostrar-te a quinta, agora... Has de gostar. Vaes-lhe tomar gosto. Olha, é aqui... No fundo verde abriam-se, sorriam, na manhã clara, como pequenas estrellas, as maias d'oiro. Desde o caminho apertado entre fitas de marmores que as roseiras invadiam, marinhando pelas estatuas dos deuses e das graças, luziam maias.

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