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Se se vê uma planta, uma d'estas mudas filhas de Deus que tanto sabem e dizem, tão bem florescem e medram na sua pacifica republica, é enfézada e triste na prisão de um vaso, debruçada para uma encruzilhada immunda lá em baixo, ou alando-se n'um saguão á espreita do sol quando elle atravessar fugindo lá por cima pela estreita fita do céo, do céo immenso em toda a parte, e aqui só aos retalhos e sumiticamente repartido, ¿Que é da viração balsamica por estas ruas? ¿Que é da madrugada com os seus descantes? ¿o meio dia com os seus guardasóes verdes e movediços de trinta braças? ¿o crepusculo com as suas despedidas saudosas? ¿a noite com a sua orchestra suave tão grata ao amor, e com que se dão tão bem os somnos, os sonhos, as vigilias?
O emprego do seu tempo está todo justificado: das nove da noite até á madrugada em minha casa, n'uma conversa jovial e intima; da madrugada até ás nove, n'um somno pacifico em sua propria casa.
A propria luz tem os seus arreboes, annuncia o seu alvorecer, tem as suas auroras, prepara-nos as suas alvoradas, insinua-se pelos cambiantes anacarados dos tons pallidos e transparentes da madrugada, formula o fiat lux biblico, antes de se espargirem os seus opulentos e brilhantissimos raios por sobre as magnificencias do universo.
O fidalgo appareceu aqui uma noite com o maior resguardo, e metteu-se no seu palacio, confiando-se de um criado sómente a quem deixára a feitorisação das terras. De madrugada, mandou chamar meu avô, passaram juntos o dia, e de noite trouxeram ambos o cofre.
Dispostas assim as cousas, amanheceu o appetecido dia. Os regimentos francezes ás quatro horas da madrugada formaram no Passeio publico, e a alegria marcial das musicas annunciou á cidade a grande solemnidade. Os raios do sol principiavam a beijar as grimpas dos telhados e as cruzes dos campanarios.
Pois bem, concluiu o tenente Coelho, se conseguires o dinheiro necessario aos dois vem á minha casa ás duas da madrugada; se não alcançares senão o sufficiente para ti, vae só e sê feliz...
E a tua silhuete loira e desgrenhada, Tem risos de cristaes partidos, que eu bem sinto, Em noites de volupia, á luz da madrugada! Á noite, as tuas mãos, são gumes de punhal, Depois de terem morto alguem sem fazer mal... Tua voz é o Fado... eu ouço-o quando passa! No Mundo és o Drama, a Farça, és a Comedia! Ás vezes tambem és palhaço na Tragedia!
Damos apenas os seguintes, relativos ás diversas classes em que se dividiu a natureza dos crimes: Para os reus civis: «O crime da rebellião de que o reu é accusado no libello por, na madrugada do dia 31 de janeiro do corrente anno, com outros individuos e muitos militares dos corpos da guarnição da cidade do Porto e outros militares, haver tentado destruir a fórma de governo monarchico-representativo, pela qual é regida a nação portugueza, apoderando-se do edificio da Camara municipal da mesma cidade, de uma das varandas da qual foi proclamada a Republica e até lida uma lista dos membros do governo provisorio, está ou não provado?
Ao clarear da primeira madrugada do século XI, o homem, que como escreve certo historiador de arte se deitára para morrer, ergueu-se do seu catre, atónito e deslumbrado, e a cristandade toda respirou fundo, desopressa da lúgubre ameaça. Era o remoto milagre de Lázaro redivivo que em plena Meia-Idade se repetia.
Não vês ao longe a luz da madrugada, que vem rompendo?» «Vejo uma luz, disse João, mas não é do sol, é d'uma lanterna. Provavelmente ha ali alguma casa, onde nos poderiamos recolher o resto da noite.» Foi acceita a proposta.
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