United States or Switzerland ? Vote for the TOP Country of the Week !


Voltou á choça, e a macilenta fome, Sem gemer, supportou sobre o seu leito, Que é quasi a terra; E, confiado em Deus, entre as angustias Do mal, menos crueis que as do remorso, Os olhos cerra. Restruge o mar cavado; o vento zune Pelos mastros da náu; colhido o panno Das vergas pende; Brinco das vagas, o baixel arfando Fluctua incerto, e dos bulcões guiado Os mares fende.

Depois viu-se levantar uma figura macilenta, a cabeça encoberta no capuz, cruzadas as mãos sobre o peito em que tinha repousado um crucifixo, o mesmo que um dia apresentára diante dos reis catholicos Fernando e Izabel, dizendo-lhes que o vendessem por trinta dinheiros, que se queriam tornar menos rigorosos contra os judeus. Era o prégador frei Pedro.

Defronte d'elle uma mulher macilenta e em farrapos, passando a cada instante o joelho sobre a corda, estendia-lhe nos braços uma criancinha núa, e gritava, rouca: «Olha ainda, olha aindaAs palpebras lividas não se moviam: um negro, que entrouxava as ferramentas da crucificação, ia empurral-a com brandura: ella emmudecia, apertava desesperadamente o filho para que lh'o não levassem tambem, batendo os dentes, tremendo toda: e a criancinha entre os farrapos procurava o seio magro.

Cabello em desalinho, hirsurto e farto, A face macilenta, o olhar incerto, Distingue uns vates d'estrangeiro enxerto, Que ao mundo impingem transcendente parto. Tremem nas lyras os bordões de esparto Do mystico aranzel rompe o concerto; Um diz que o sol é hostia, um mais esperto Diz que o céo é quintal e o Deus lagarto.

Eram homens todavia; mas homenzarrões de côr macilenta, voz cavernosa e cabeça guedelhuda e cerdosa como de juba de leão. Leve o diacho, rugia um d'elles, que leve o diacho tanto a zurrapa como quem nol-a vende. Esse filho da breca jamais nos deu cousa com geito. O vinho... que peste! O vinho é sempre do peor e do mais caro como se o vendesse a mastins da igualha d'esse bisneto de Judas.

O resentimento calou-se um instante. Abracei-o com devoção, e, nesse instante... o via a elle, sentia por elle... a imagem de Vasco fugira por não poder vencer as cãs d'um velho soldado chorando...» Neste momento, Leocadia suspendeu-se. A sua physionomia macilenta e descarnada pendeu para o seio.

O pastorinho estremeceu no hombro do pegureiro, voltou a cabeça e viu uma andrajosa mulher livida, macilenta, que estendia os braços magros procurando abrir passagem na multidão reverente. Reconheceu-a e, desprendendo-se dos braços que o mantinham, correu ao seu encontro e, lançando-lhe os braços á cinta, disse commovido: Fui eu, mãi, que Lhe pedi.

A longa barba, espessa e grisalha, caía-lhe sobre o peito, onde se bifurcava em duas pontas; tinha o nariz tuberculoso e avermelhado, ao passo que a pele macilenta, tisnada e enrugada das suas faces, estava coberta de manchas lívidas.

Tua amargura Quão rigorosa, quão cruel seria! A macilenta clotho, a Parca dura Te roubou para sempre o Filho amado, O doce objecto da maior ternura. Queixa-te, he justo, queixa-te do Fado, O negro caso deploravel chora, Em nossas faces pela Dor gravado; Pragueja aquelle Monstro, que devora Os miseros mortaes, dize-lhe... ah! antes Antes a summa Providencia adora.

A dor que o devorava, parecia No mais intimo d'alma adormecida; A fronte macilenta e transtornada, Conservava-se altiva. Por mais forte, Mais acerbo que fosse o seu tormento, Não quizera humilhar-se na presença D'aquella multidão que o comtemplava. A companheira bella de infortunio, Não se atrevia a olhar.