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A propria fórma poetica da maior parte das lyricas de João de Deus, um certo geito facil e correntio na composição grammatical dos periodos, a suavidade das rhimas, a doçura das expressões, a harmonia cadenciosa dos versos e um certo tom de intima melancolia que se faz sentir até nas idêas as mais graciosas revelam a decidida predilecção que o cantor da Heresta tem pelo desafortunado scismador de Macau.

Os interesses politicos e religiosos d'aquella potencia é que nos podiam contrariar; estabelecendo seus missionarios, capellas, hospitaes e escolas no referido territorio, como tem feito em todo o resto da provincia de Cantão, em Kuang-si e no Hainão, extensissimos paizes, comprehendidos de direito na diocese de Macau, mas ha muitos annos de facto perdidos para o padroado real, pela falta de cumprimento das obrigações do padroeiro.

A nenhuma dellas me refiro n'esta carta. Sobre a primeira e terceira tenho escripto em demasia, tanto livre como officialmente. Da segunda sou victima, e portanto suspeito perante o programma de uma folha incolor. Existe porém uma quarta questão pendente, esquecida ha muitos annos, mas nem por isso pouco importante para a colonia de Macau.

Outro tanto succedia na India. Da Africa, Arabia, e Persia, isto é, das fronteiras occidentaes, ficavam-nos Mombas e Moçambique; das fronteiras orientaes, o ponto isolado de Macau, na China, e Solor; do centro, restavam apenas uma cidade e quatro fortes memoria, mais do que dominio, em frente d'esses mares, onde se não via tremular a bandeira portugueza em poderosas esquadras como as de outro tempo.

Aceitemos um momento por incontestavel toda a culpa que v. ex.ª e a Correspondencia de Portugal attribuem ao governo portuguez na questão do bispado de Macau.

A solução d'esta depende do sr. ministro da marinha e do governo. Refiro-me ao padroado portuguez na China, e reduzo-me a historial-o em poucas palavras. O bispado portuguez de Macau, erecto pela bulla de Gregorio XIII, de 23 de janeiro de 1575, comprehendeu em seu principio toda a China e Japão, terras e ilhas adjacentes.

Em 19 de fevereiro do anno findo, sobre a leitura de justissimas considerações do meu referido amigo, dirigi a seguinte carta ao Diario de Noticias, que a publicou em 20: Ex.mo sr. redactor, Com respeito á nossa colonia de Macau, ha tres questões palpitantes, importantissimas, que a imprensa periodica de Lisboa conhece, creio eu, comquanto as não discuta.

Os que no meiado do XVII seculo observavam o imperio portuguez, diziam no estylo pretencioso do tempo: «Está o estado da India tão velho que o temos por estado. Se foi gigante é pigmeu. Se foi muito, não é nadaEra apenas Goa e Macau, Bassaim, Daman, Diu, Moçambique e Mombas.

Acontecia sempre que o camareiro do infante D. Duarte, Pedro de Andrade Caminha, affrontado com os gabos do moço Pimenta ao gentil ardimento de Luiz de Camões, a quem profundamente odiava, sahia a ripostar-lhe com deslavados epigrammas ao solitario da gruta de Macau, cujo officio era, no seu entender, acutilar com a pena as authoridades de Goa, que o deportaram para a China, como em Lisboa havia acutilado com a espada o pescoço de Gonçalo Borges, criado do rei, o que lhe valeu ter que ir servir na India por grande clemencia real.

Agostinho inflammava-se então nos arrebatamentos proprios da sua idade, e umas vezes ardentemente encarecia na presença dos fidalgos o espirito aventuroso dos mancebos portuguezes que, á similhança do poeta Luiz de Camões, a esse tempo em Macau, iam militar no Oriente; outras, arrastado pela suave e convincente palavra de Frei Jacome e demais arrabidos, parecia deixar entrever vislumbres de propensão á vida ascetica do eremiterio.