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Em Porto Manso, logar situado pouco abaixo das Caldas de Arego, no dia 19 de Novembro de 1846 o seguinte áquelle das scenas descriptas no capitulo precedente estavam postados á margem do rio Douro, em fortes posições, uns quinhentos homens commandados pelo aventureiro general Mac-Donnell, espreitando a passagem rio abaixo de um bravo, mutilado e honradissimo militar do tempo do cêrco, que servia ás ordens da junta, e que recolhia, com a força de seu commando, á invicta cidade do Porto.

O velho fidalgo perguntou-lhes se queriam continuar a militar sob o commando d'elle, proposta que todos receberam com exclamações da mais expansiva alegria. Dentro em pouco reuniu o ex-ajudante, ou antes conselheiro, do aventureiro general, debaixo do seu commando, quasi toda a força de que Mac-Donnell dispunha antes do combate.

Poucas horas depois d'aquelle curto dialogo, retirava a guerrilha de Mac-Donnell em completa debandada, deixando no campo do combate 17 mortos e 9 prisioneiros, escapando com difficuldade de ser tambem aprisionado o seu aventureiro commandante.

Acabaram então os indifferentes: todos os portuguezes, cada um a sabôr das suas paixões, ficaram empenhados na luta. Sebastião da Mesquita foi convidado por um general estrangeiro Mac-Donnell , que se dizia commissionado do snr. D. Miguel de Bragança, a tomar parte activa no pronunciamento ante-dynastico. Recusou-se.

Á mesma hora, passeava Arthur Soares, como louco, no seu quarto, brandindo um punhal, aquella detestavel arma, conhecida do leitor, que D. Maria lhe legára. Verdadeiro ou imitado, mostrava Mac-Donnell ás pessoas mais importantes do partido realista, um escripto do punho do snr. D. Miguel de Bragança.

Seja como quer, que deve ser como Deus manda. Durante o tempo que durou este encontro, explicações e pactos, foram-se agglomerando em volta do grupo os guerrilhas que vinham fugidos do combate, e que haviam reconhecido em Sebastião da Mesquita o ajudante do general inglez, como elles chamavam a Mac-Donnell.

Aquelle infeliz aventureiro, abandonado pelo partido que levara á rebellião, e apenas seguido de uns cem homens, foi morto por um sargento de cavallaria das forças da rainha. O «Diario do Governo» de 5 de Fevereiro de 1847, noticiando a morte de Mac-Donnell, diz assim: «A identidade da pessoa de Mac-Donnell foi reconhecida por diversas pessoas, e d'esta circumstancia se lavrou auto judicial

Não se viu grandemente contrariado Sebastião da Mesquita, em ser levado ao extremo de batalhar, porque lhe era um tanto sympathica a causa popular, principalmente pelos factos de Leopoldo pertencer ao partido da rainha, e da maior parte dos chefes dos bandos realistas, depois da morte de Mac-Donnell, se terem reunido ao exercito da junta do Porto.