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D'ahi vieram os lemures, as strygas, e todas essas creações extravagantes, que ainda no primeiro seculo christão o severo philosopho Plinio não se atrevia inteiramente a descrer.

Todo o pavôr daquella noite tragica o tomou de novo, e involuntariamente evocou o sabbat infernal: as luzinhas bailando, entrechocando-se, e afastando-se num compasso rítmico; as gargalhadas que soavam como crucitar de corvos; os olharapos correndo, com o seu unico olho a furar-lhes a testa; os lobis-homens galopando, no seu fadario triste; avejões, diabitos galhofeiros, lémures, trasgos, duendes, feiticeiras, e, sobre tudo, como ferro em braza a causticar uma chaga, a recordação da cêna em que a Maria abraçava o homem vermelho e lhe servia de estrado.

Atormentada de visões, mordida de maus olhados, mêses inteiros prêsa de delirios histericos, sente-se, na verdade, transportada nas azas do vento para sitios ermos em que luzinhas saltitam em rondas buliçosas, lobis-homens passam em cavalgadas doidas para se irem espójar nas encruzilhadas sinistras, moiras encantadas tecem em teares de oiro contando as saudades antigas da sua vida humana, e olharapos, duendes, lémures e trasgos povôam as noites horrificas de sabbat.

Montão enorme de esbulhados ossos, De crâneos seccos lhe compõem o throno, Assôma no alto o descarnado Monstro, A ferrea fouce em punho. Voão-lhe em roda Lémures, Espectros, Jazem-lhe aos pés as lividas Doenças: O silencio, o pavor, a escuridade Alli, perennes, mórão.