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Deixemos pois celtas e lusitanos em paz, e aproximemo-nos dos tempos que precederam a formação da monarchia portugueza. N'essa epocha, o Mondego divide em duas metades o territorio nacional e as differenças typicas da população deviam ser então ainda mais acentuadas do que o são hoje.

Os Iberos foram acceitando o governo ou propriamente o jugo dos Romanos; os Lusitanos, que em Roma pelo testemunho dos seus generaes são considerados os mais valentes e destemidos dos Povos celtibericos, são os que resistem ao estrangeiro, os que aspiram a ter uma Patria livre.

Ah! boa rapasiada! observou, esfregando as mãos, o Francisco Artilheiro. Não eram os romanos capazes de metter dente para este lado, até que uma vez um dos seus generaes, chamado Sergio Galba, apanhou os lusitanos á traição, e fez n'elles uma mortandade de que poucos escaparam. Ah! grande patife! exclamou o Manoel da Idanha.

Quero até persuadir-me que o leitor anemico, e avêsso a iguarias condimentosas, rejeitaria mesmamente a senhora de espiritos assás metricos que lhe leccionasse os fastos lusitanos em estancias do snr. conselheiro Viale, poeta voluptuoso como gondola veneziana, vista da Ponte dos Suspiros, a balouçar-se cheia de... repôlhos. Dou-lhe razão.

Se a maneira porque, a partir do seculo XV ou XVI, os historiographos nacionaes filiam o Portugal moderno na antiga Lusitania justifica as fundadas ironias do nosso grande historiador, não nos parece que o processo por elle seguido para negar a doutrina, seja conveniente, nem até verdadeira a opinião de que entre portugueses e lusitanos nada haja de commum.

Todas estas disposições fôram organisadas aproveitando o costume dos generaes romanos de suspenderem a marcha durante a noite. As cohortes lusas, emquanto aguardavam o momento de se moverem, cantavam coreadamente: *Acclamação de Viriatho* Ha setenta e dois annos Que falta aos Lusitanos Um braço que os defenda Da escravidão horrenda!

D'alli para o sul, e depois para o nascente, seguindo o curso angular do Guadiana, os lusitanos de Strabão e a Lusitania de Augusto tinham como limite este rio, quasi desde as suas fontes, e até á sua foz, na costa do nosso Algarve.

Emquanto os Romanos se preparavam para novas operações de guerra, Viriatho estendeu as suas correrias para o norte, por toda a Celtiberia, até ao Ebro; veiu depois a léste até á Edetania, Contestania; e passando por Castalon, Tucci e Obulca, penetrou na Oretanía. Era um reconhecimento dos territorios e das povoações! sabia aonde teria facil refugio nas cavernas e antas, e que gentes o apoiariam contra o invasor estrangeiro. Na sua passagem rapida ia agrupando quantos se insurgiam contra o dominio romano, lembrados da sangrenta traição de Galba. Quando Viriatho pisava o solo da Carpetania, vieram ao seu encontro homens alemtejanos com uma mensagem; traziam a Crantara, a Lança ensanguentada, e a entregaram ao destemido Cabecilha. Depois que Viriatho sopezou a Lança, entregou-a a um dos seus companheiros, que a fôram passando de mão em mão, partindo em seguida os mesmo quatro homens com ella. Significava aquelle symbolo a convocação dos chefes militares e dos governadores das Behetrias para comparecerem no Conselho armado. Ia celebrar-se o Conselho no Castro da Colla, junto da grandiosa Anta da Candieira, na Serra d'Ossa; alli jaziam as ossadas dos antigos Lusonios, quando a sua terra não tinha sido ainda invadida pelos Iberos, nem assaltada pelos Celtas, nem explorada pelos mercadores phenicios, nem pelos latrocinos dos Romanos. No ádito sagrado das suas sepulturas é que os Chefes lusitanos consultavam o ecco dos espiritos, nas resoluções irrevogaveis de sacrificio imposto pela lucta. Em uma das enormes lages da Anta da Candieira existe um buraco aberto a meia altura do chão, tendo um palmo em quadrado de diametro; é o unico em toda a peninsula hispanica.

Em geral, aquella mocidade esperançosa, eleita por Miranda e outros sertões lusitanos, não sabia topographicamente em que parte demoravam os povos seus comittentes, nem entendia que os aborigenes das serranias tivessem mais necessidades que fazerem-se representar, obrigados pelo regimen da constituição.

Seja o que fôr, é coisa horrivel que sáe das cadeias com seus delineamentos, contra homens que os presos sabem ricos. Aqui, sr. presidente, n'este sabem ricos, quem soffre o assassinato é a grammatica. O alticismo d'esta phrase é grego de mais para ouvidos lusitanos. O que é um preso descomedido, sr. presidente? Dil-o-hei? Vox faucibus haesit!...

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