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Luar quer o artista arrebatar emfim, por totalmente o interiorisar em si através dum deboche convulsivo ardentemente anceia mas o temor hesitante o torna, o temor de ser incompreendido, de como simples animal, cheio de cio, ser considerado, emfim, de perder para sempre a alma a que tanto aspira!... Teme a sua fôrça e a sua fraqueza, a sua fôrça que, por uma ilusão cruel, o horror da matéria pode desenrolar perante o artista, erguido acima dela que, assim, desprezivel se mostra, a sua fraqueza que mais não pode elevar o artista, mais, até ao paroxismo da arte que é o paroxismo do deboche e... da dôr!... E o artista admira Luar, não o sente, nas convulsões da sua alma não se quer fundir... Não admiramos o que a nós é estranho, sentindo então, o que não admiramos?...

De repente lembrou-se: o luar era Deus: não devia pisál-o, era um pecado... Fugiu então p'r

Que me importava a mim o luar, a ardentia das aguas, as vaporações embalsamadas da natureza? Não sou poeta; tive um pouco d'isso, é verdade, mas o que mais ambiciono presentemente é dormir na minha cama, comer á minha mesa, e calçar as minhas botas.

Vence o ladrão, o nescio, o imbecil Oh! Quem tivesse o rir de Juvenal, Um raio pr'a orgia fulminar! Lisboa, 1892 Como é linda esta noite de luar! Nos raios de fulgor phosphorecente Vejo recordações do teu olhar! Fico então a scismar. Mas de repente Uma nuvem pesada, vagarosa, Lembra-me de que estás saudosamente Tanto longe de mim!

Nos solitarios longes montanhosos A nevoa e o luar, chimericos, deliam A moribunda face da Paisagem... E esta, por um milagre e encantamento, Se espiritualisava, convertendo-se Em Figuras de sonho, aéreos Corpos... E eram perfis de Fadas espreitando, Asas de Serafins que, no seu vôo, Pareciam levar alguma Virgem...

Á porta do Sassetti, encontrei Carlos Fradique. Sabe que parto ámanhã? disse-lhe eu. Sabe que parto hoje? respondeu-me. Ia , apertar-lhe a mão. Mas é inesperado isso! Vae para França? Para quê? Ver os campos de batalha ao luar, ou aos archotes. Deve haver attitudes de mortos muito curiosas. Mas vae debalde. Não ha guerra.

O seu estylo tem a macia luz do luar das noites estivas, e o cadencioso murmurio das ribeiras onde o ceu estrellado se espêlha. O Minho lucra muito, visto assim de passagem, na imperial de uma diligencia, muito no galarim do tejadilho, onde as moscas não se álem a ferretoar-nos a testa e a sevandijar nos os beiços convulsos de lyrismo.

Aquece Os troncos esqueléticos das arvores, A noite fria n'um suor de estrelas! Anima a luz do luar... Que a tua voz Lhe afogueie o sorriso arrefecido."

Era n'isto que eu pensava emquanto silenciosamente, como sombras, iamos marchando sob o luar silencioso. O caminho não era facil: o tojo denso e espinhoso retardava-nos o passo: a areia mettia-se nos sapatos, e cada meia hora deviamos parar para os esvasiar: e, apesar da noite não estar quente, havia no ar alguma coisa de pesado e de espesso, que amollentava.

Quero-te pois, a tua ancia é, hoje, a minha; sem os teus beijos profundos não posso passar, a minha carne na tua se entranhará para que na tua alma se espiritualise toda!...» E procura-lhe a boca. Luar suávemente o afasta, dizendo-lhe, apenas: «Refleti tambem, sonhei... Amanhã conhecerás o meu sonhoNo dia seguinte, o artista recebe uma carta que os seguintes termos contém: Meu querido amigo

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