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Poeta e monge, tens duplo direito a essa ingente sepultura, onde os monges, tristes e sós, foram muita vez genuflectir sobre a tua lage, e onde os poetas irão pelas idades a dentro pedir ao luar que lhes empreste os contornos phantasticos do teu vulto pensativo para te reporem sob a gruta de Santa Margarida meditando maguas secretas. Podeste finalmente dormir, onde quizeste viver.

Quando todos se retiraram, aos bandos, cantando, em alegre expansão do ardôr da mocidade, o cabeço ficou, na solidão da noite, triste, com as bandeiras esmorecidas e a capella branca a luzir no alto, allumiado pelo frouxo luar que parecia querer minorar-lhe as saudades d'aquelle ditoso dia que se repetiria d'ahi a um anno...

E absorto nessa luz que do alto cahia, Como um pressentimento augusto a illuminá-lo, Bradou, cheio da paz que sôbre elle descia: «Eis o Deus verdadeiro!» e prostrou-se a adorá-lo. Mas o Astro immergiu na curva em que fluctua, Quando o Luar rompeu como um vasto luzeiro; E attonito, Ibrahim pensava, olhando a Lua: «Deus não pode esconder-se! Eis o Deus verdadeiro

Fazia um luar soberbo, um luar tropical, um luar de legenda, tão limpido e tão claro que se não viam as estrellas... O Jockey-Club, em baixo, fazia um effeito surprehendente com a sua illuminação de mil côres rodeando a grande raia das corridas, com o seu aspecto phantastico de kermesse nocturna, salpicado de pontos luminosos e galhardetes em miniatura, immoveis na calmaria da noite.

Faltava o ultimo para as dez, quando a promettida esposa do negociante enfiou o vestido, saltou fóra da cama, abriu cautelosamente a janella, em que batia o luar, traiçoeiro confidente dos amantes nocturnos, que apenas podem sorrir de dia, e nas trevas, deixam voar o coração-morcego.

Quando acordei, porêm, sorria a terra no vestalino alvôr que era o seu véu. E disse-me a brancura do luar: «Emquanto, exausto, tu adormeceste e abrandaste na treva o padecer, Alguem, Consolador, velou por ti, convertendo na luz a escuridão. Alguem te transformou em claridade a negrura do mundo e a do teu peito.

Via-me na tolda de um paquete entre os perigos de um naufragio: ou n'uma serra espessa, por um grande luar, n'uma companhia de contrabandistas que cantam á Virgem; ou no silencio de uma caravana escoltada de beduinos, acampando no monte das Oliveiras, defronte de Jerusalem.

Ora tudo é escuro, soturno e triste; na minha vida houve luz, mas foi fugaz... como um meteoro... brilhou para bem prestes se apagar! O tempo não consome o que, pelo amor, é inscripto no peito! Falla! quero escutar a musica sonora d'essas fallas gentis, trementes, captivantes, que desprendem teus labios, a rir... esses labios mais frescos e mais limpidos que o luar.

O Gabiru scisma. Os olhos abertos, todo elle dolorido, deita-se ainda a scismar. Vivera sempre tão transido e pobre, tão sosinho que lhe não fugisse o seu sonho e nada lhe ficara entre as mãos. escarneo! escarneo!... Bate o luar em cheio n'aquella figura exotica e transforma-a. Não é ridiculo. Corre-lhe o luar nos olhos, nas mãos estendidas, e cheio de luar sorri extasiado...

Eu não te disse, Amôr? Minh'alma morreu Cançada de esperar teus olhos num anceio! Cançada de rezar baixinho o nome teu. A noite era tão linda! E o teu olhar não veio! E o teu olhar não trouxe a sombra dum carinho Á minha pobre alma exausta de sofrer! Luar! Tanto Luar havia no caminho... E a luz do teu olhar não quiz vê-la morrer! O teu olhar matou-a!