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Mais longe a igreja com a sua alameda á entrada e o cemiterio, onde um mausoléo avultava ainda; uma ou outra casa apalaçada, ennegrecida pelo tempo; algumas ruinas, consolidadas pelas heras, revestidas de musgos, douradas de lichens; finalmente, tudo o que tenta os paizagistas, tudo o que exalça os poetas, tudo quanto suspende os passos ao viajante; e, encobrindo todo o quadro, um tenuissimo sendal de vapores azulados, dando-lhe a apparencia de uma das mimosas composições a pastel da mão de Pillement.

A rua ficou que era um primor. No momento em que Jorge o avistou, limpavam os criados o limo depositado em um tanque, emquanto Thomé, suando, tentava erguer sobre o pedestal a estatua de pedra de não sei que divindade pagã, que havia muitos annos repoisava em leito de malvas e ortigas, coberta de lichens esverdeados.

E eis no carro morto o castanheiro, emquanto Melros assobiam nos trigaes alem... Heras amortalham-no em seu verde manto... Deu-lhe a terra o leite, dá-lhe a aurora o pranto... Que feliz cadaver, que até cheira bem!... Musgos, lichens, fetos, chimica incessante!

as ameixieiras se apresentam em galas de florescencia; os negros troncos rugosos e lavrados pela lepra dos lichens, sem uma folha sequer, cobrem-se agora de bastas cabelleiras, alvas ou rosadas, feitas de mil e mil florinhas presas aos galhos por minusculos penduculos.

Nos telhados cresciam em verdadeira floresta as hervas parasitas; fragmentos de louça, de garrafas, velhos arcos de pipa, farrapos, montões de caliça pejavam, desde tempos immemoriaes, a superficie do pateo. Manchas verdes de musgos e de lichens, que a humidade desenvolvera, cobriam a fachada do edificio, por onde havia muitos annos não passára a brocha do caiador.

Ella graciosa e alvejante, elle severo e sombrio; de um lado todos os signaes de actualidade, de vida, de trabalho, da industria que tudo aproveita, que não dorme, que não descança; a economia, a previdencia, o futuro: do outro, o passado, a tradição esteril, o silencio, a incuria, o desperdicio, a ruina: a cada pedra que o tempo derrubava do palacio, correspondia uma que se assentava na Herdade para alicerces de novas construcções; aqui desmoronava-se um pavilhão, alli levantava-se um celleiro, uma azenha, um lagar; aos velhos carvalhos, ás heras vigorosas, aos avelludados musgos, aos lichens multicores, severas galas, com que se adornava a casa nobre, oppunha a Herdade os pomares productivos, as ondulantes searas, os prados verdes, as vinhas ferteis e proximo de casa, os canteiros de rosas e balsaminas, onde volteavam incessantes as abelhas das colmeias proximas.

N'aquelle modelo, ainda cinzelado pela mão de Deus, eu via a typica puresa das obras do Creador, até mesmo na ingenuidade da alma. O angulo frontal, levemente accentuado, reforçava, com a engraçada saliencia das sobrancelhas, o brilho e expressão dos olhos. Eu lia n'elles o seu pensamento, como, atravez das aguas cristalinas d'um ribeiro, se distingue os seixos e os lichens do fundo.

Nas suas paredes, cobertas de lichens, ella está recordando com mágoa as innumeras intempéries que têm zurzido o seu dorso, e, extenuada, profundamente abatida, parece impetrar do céu a piedade que dos homens ingratos não tem conseguido obter... O dia amanheceu triste e sombrio, ia eu a dizer.

Sobre tres degraus de pedra alça-se uma alta cruz; e aos lados, cinco por banda, e o aspirante á frente, como se estivessem na tolda da corveta em formatura, estão os onze corpos, estão as onze lages, aquelles desfeitos em seguramente, estas ennegrecidas pelo tempo e pela lepra dos lichens resequidos... pois não se esqueça que ha mais de trinta invernos vae durando a triste formatura. Sobre a cruz leio o seguinte: «À la memoire des onze marins de Dupleix, massacrés

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