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E cada fabrica que se fechar, vejam bem, representa centenares de pessoas, que virão para a rua pedir aos governos que lhes dêem de comer. Teremos então a revolução da fome, com todos os excessos que lhe andam sempre inherentes. Isto não póde ser.
Já os leitores conhecem, como quer que seja, o asylo que me escondeu sete annos, desde Outubro de 1826 até Fevereiro de 1834, o ninho em que nasceram, sem pensarem em abrir o vôo que hoje abrem para o mundo, estas poesias montesinhas. Mas, como todo o seu assumpto se não limita ao que deixo esboçado, peço-lhes ainda um pouco de indulgencia, para lhes dar a conhecer, por alto, os arredores.
Começaram cedo neste paiz, nos principios do seculo XIII, as leis de amortisação, e já antes el-rei D. Sancho I, escrevendo a Innocencio III, affirmava o seu direito de privar o clero dos bens que possuia para lhes dar uma applicação em seu entender mais util.
O lar é escola de malquerenças; e em vez de ensinarem aos filhos a veneração e o amor pelos portuguezes, que lhes conquistaram a liberdade e a civilisação que estão gosando, educam-nos nos principios repellentes da inveja e do despreso. E a colonia portugueza, laboriosa, activa, trabalhadora, soffre resignada todos os ataques, todas as injurias e todos os doestos.
Mas o imposto é impossivel subir mais. Nem o commercio nem a industria podem satisfazer as contribuições que lhes são lançadas. Demais veremos dentro de breve tempo algumas das fabricas, que possuimos, fecharem-se, por não poderem realisar lucros só para contribuições.
Se ha quem supponha nas politicas regiões que inda póde haver Catões sendo tão rara a vergonha!... O galante é que no jogo cada qual puxa o seu trunfo quando sem armas nem fogo alcançar póde o triumpho! Deploram republicanos que lhes tosquiam as azas? Pois vão lá p'ra suas casas fazer dos creados manos. Os outros temem que os thronos se despedacem? Demonio!
«A quem? perguntou Eduardo com a maior ingenuidade. «Eu sei! A alguem que a visse, que gostasse d'ella, e que a desejasse conservar por algum tempo. «Ora essa! Não pódes suppôr que eu fizesse tal! «E porque não? Os homens julgam que tudo lhes é permittido. «Mas Eduardo não a ouvia. Tinha-se recordado das contas que fizera, e tinha corrido a revolver os papeis que estavam em cima da secretária.
Até ahi os governos, para fallar a verdade, em quem menos pensavam era no povo e no paiz. O dinheiro do estado não servia senão para elles fazerem o que lhes agradava, e por felizes se podiam dar os povos quando lhes dava o capricho para cousas uteis. Sebastião José de Carvalho e Mello tratou do paiz e mais nada. Ora de que é que o paiz precisava?
Nenhum d'elles teria a magistral perfeição technica da fórma e a comprehensão ampla do assumpto que tractam, na altura em que a possuem, se o auctor da Eugenie Grandet, do Pêre Goriot, e de tantas obras immortaes lhes não tivesse ensinado o caminho a seguir.
Na repugnancia, que os meninos tem á escola, são quasi sempre culpados os paes e as mães, porque, em vez de amoravelmente lhes fallarem d'ella, de lhes mostrarem que está alli o alvorecer de todas as artes e sciencias, de lhes dizerem que é aquella a unica porta por onde se entra á vida publica, na qual terão, quando homens, de tomar parte, de lhes explicarem a missão do professor e de lhes expenderem que n'elle accrescem aos deveres de mestre os de amigo e patrono; nada d'isto fazem, e só invocam o santo nome da escola, quando irritados pelas travessuras das crianças, que não querem ou não sabem remediar com brandura, bons conselhos, bons exemplos e moderadas correcções, pretendem aterrorisal-os, apontando-lhes para aquella... penitenciaria.