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Toda a obra de Arte tem a sua infancia que importa ver na prova-estreia do auctor, atravez dos seus defeitos, como das suas virtudes. Ora essa difficuldade eu senti ao ler os Contos de Fialho, quer pela exuberancia de vida episodica de que esta obra se enreda, quer pelo tumulto dos recursos que ali o auctor revela. Exemplificando.

«Agora te digo que venho pedir contas do teu juramento. «Carlota Angela, estou aqui! Pertences-me.» A freira acabava de ler esta carta, e correra á grade, onde a esperava Mendonça. Não dizem os nossos apontamentos o que se passou na grade. Se escrevessemos de imaginação, dava-se aqui um dialogo plangente, travado de exclamações, umas de expansão maviosa, outras de frenesi insano.

Pelo que, porém, toca ao que não crê nessas cousas, o aborrecimento inevitavel que lhe traz o desempenho de um dever tedioso, de que não tira nem honra nem proveito, ou o receio de attrahir odios de homens mais ou menos poderosos, para o que não são triviaes entre nós o valor e a consciencia, faz com que ou deixe de ler, ou leia essas miserias e as approve.

Faço meu testamenteiro a D. Nuno Alvaro de Sousa e Villar, IIIº Conde de Nevogilde, natural de Traz-os-Montes, escriptor, actualmente em Lisboa, a quem offereço as minhas obras, á excepção do Poema que vou urdir, e desejo fique no Archivo do Parthenon. Na sua falta zelará as clausulas deste testamento a Municipalidade de Coimbra. Quando Maria Peregrina acabou de ler, o padre soluçava.

PONCIO sem se voltar, continuando a lêr:

E continuou a ler. Passou algumas paginas e de repente disse, fitando-o:

E eu não Vos diria nada. Mas nessa síntese sublimada da quintessência dos puros ideais, Vós saberieis ler tudo; porque em todas as faces brilhariam reflexos da Vossa luminosa Alma sublinhados pelo nosso amor, e de cada aresta chispariam scintilações como os relampagos da Vossa eloquência, falando-vos assim a Alma de Coimbra, num simbolismo de luz, a única linguagem digna dEla e de Vós.

«O Snr. D. Miguel sahiu rico das saudades e bençãos d'um povo que o adorava; a Snr.ª D. Maria, se sahir, não leva poucas maldições e insultos, como póde testemunhar quem tiver ouvidos para ouvir o que por ahi se diz, e olhos para lêr os papeis que no paiz se publicam. Saudades é que realmente, não é a nós, que não deixa nenhumas! «O Snr.

Fernando del Villar, conde de Loreto, depois de cumprimentar respeitosamente com um movimento de cabeça os seus companheiros de viagem, accomodou-se do melhor modo possivel no canto, e pôz-se a lêr. Em frente d'elle, grave e immovel como El banquero de Cera, de Paulo Féval, estava o velho mordomo.

'Era' disse ella timida e submissa outra vez 'era se, era que... Pois não hade ouvir ler a carta d'elle? Fr. Diniz não respondeu, mas ficou sentado: descahiu-lhe a cabeça sôbre o peito, e abraçando-se com o bordão, não deu mais signal de si.